CUNHÃ
Ser médium cambone é ter o prazer de servir com humildade.
É ter as bençãos de aprender a cada trabalho.
É ter a proteção e o carinho das entidades que servimos.
É ter a alegria de receber um colo de Preto-Velho, um abraço de um Caboclo, um “a bença tia” de uma Criança, uma dança com um Baiano, uma palavra séria e amiga de um Exú e aprender com eles tudo que for possível sempre.
Ser cambone também é escrever rápido!!!
Cambone é uma das atividades exercidas nos terreiros de Umbanda que merece uma
atenção muito especial, dada a sua importância como auxiliar das entidades, dos
médiuns e dos dirigentes do Terreiro.
Como auxiliar das entidades, cabe ao cambone ser o interprete da mensagem entre
a entidade e o consulente, além de um defensor da entidade e da integridade
física do médium. Cabe a ele cuidar do material da entidade, orientar o que
acontece em sua volta e também ajudar o entendimento do consulente, pois a linguagem
do espírito nem sempre é entendida, mas ao cambone fica claro já pela sua
intimidade com o comportamento do espírito que ele serve.
Por outro lado a posição do cambone nem sempre é confortável pois algumas vezes
cabe a ele fiscalizar também o comportamento da entidade que, se por uma razão
ou outra, fugir da normalidade deve imediatamente avisar a direção do terreiro.
O limite da intimidade do consulente com o espírito ou o médium deve ser
fiscalizado pelo cambone para evitar mal entendidos e desajustes de
informações. Finalmente ao cambone é dada uma oportunidade especial de conhecer
mais a Umbanda e a forma das entidades trabalharem porque seu contato é direto.
Como o cambone tem como obrigação ouvir o que o espírito ouve e fala, seu
conhecimento, em cada consulta, aumenta consideravelmente.
Todo médium deveria começar na Umbanda como cambone e desempenhar com muita
atenção esse papel durante o tempo de seu desenvolvimento pois essa pratica
terá uma importância direta no seu comportamento como médium.
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