CHEFE DA CASA

MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA

  Mãe Maria de Camargo nasceu no dia 29 de outubro , contudo o ano não sabemos com precisão , estima-se que seja entre 1590 e 1592...

MÃE MARIA DE CAMARGO

"O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo o teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão em ti." (Mestre Jesus Cristo).
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domingo, 17 de junho de 2018

PERDAS



Ao lidar com uma perda, uns reprimem, seguem com a vida e fingem que está tudo bem. E não está. Cedo ou tarde essas pessoas caem e, até descobrir o sentimento escondido bem lá no fundinho do coração, lá se foi um tempo enorme “de vida”. É porque esse tempo vai perdendo vida, cor e gosto, ficando meio acinzentado, esquisito.

Outros questionam razões, querendo colocar lógica e/ou motivo. Para fugir do emocional tentam usar o mental. Lidar com a situação de forma coerente. Desculpem-me, não vi isso funcionar para sempre…

Alguns são práticos, fazem o que tem que ser feito, e se não tiver algo a fazer… acham alguma coisa. Só para não parar. Muita ação, fazer, ir, buscar, trazer sem fim. Mas tem fim, uma hora não tem mais nada.

Outros ainda se prendem no “e se…”, ou “como eu queria…”, “como eu gostaria de…”, “eu ia…”. Paralisados em um momento anterior (longínquo ou não) que faria toda diferença. E esse momento passou.
Todas essas são formas de fugir de sentir, se emocionar e mostrar o coração doído. Negar não é eliminar e mascarar não é lidar. O sentimento está lá.

Negar não é eliminar e mascarar não é lidar. O sentimento está lá.

Embaixo de camadas de cimento, ou racionalizações, fazeres e condicionais. Ele ainda está lá.
Só nos cabe uma única alternativa, senti-lo. Sentir a dor, aceitar esse sentimento de perda que faz parte da vida.




quarta-feira, 13 de junho de 2018

COMEMORANDO O DIA 13 DE JUNHO





Falar de Santo Antonio na Umbanda, não é tarefa fácil, ainda mais de Santo Antonio de Pemba, de Lisboa, de Ouro fino, de Pádua. Temos consciência que Ogum é Ogum, e Santo Antonio é Santo Antonio. 

Antonio, que largou tudo pelo sacerdócio da caridade e luta justa
pelos valores dos humanos seja o padre, ou o padeiro, o padre que alimentava seus fiéis pela palavra de Deus ou o padeiro que matava a fome dos pobrezinhos da aldeia de Pádua.

Antonio, que quando vivo já era um Santo para o povo, após sua passagem se transforma em Santo Antonio Milagreiro. Santo Antonio de Pemba, na Umbanda, que é o Patrono de Exú, que rege as legiões desses espíritos guerreiros e mensageiros dos Anjos Superiores (orixás), que preside as batalhas navais e terrestres. 

Santo Antonio que protege as pessoas dos espíritos malignos e que traz o que estava perdido. Zé pelintra do Catimbó, ora muito a Santo Antonio.


Em uma das suas cantigas, pergunta-se:

“Zé Pelintra, cadê Santo Antonio?
Estava rezando e fazendo oração;
Santo Antonio que gira e retira, que quebra as demandas de toda a nação.”

E assim, Zé Pelintra, invoca ao Santo, trazendo sua força, inspiração e proteção à Umbanda e aos seus filhos de fé.

Salve Santo Antonio!

Entre Santo Antônio de Lisboa e Santo Antônio de Pemba há muita diferença. 

Como o número de escravos era superior ao dos fidalgos, erigiu-se em cada fazenda uma capela com o Santo da devoção dos Senhores ou Sinhás das fazendas, onde um Sacerdote da Igreja Católica fazia seus ofícios religiosos.

Quando os escravos adotaram Santo Antônio de Lisboa por Santo Antônio de Pemba como Exu, fizeram-no por diversos motivos. O primeiro porque tinham que acompanhar o credo católico; o segundo para ludibriar a boa fé dos senhores das fazendas, pois proibiam que os mesmos professassem o seu culto africano; e o terceiro porque faziam suas festas com fogo, como fogueiras, etc., e o dono do fogo é Exu.

O dia de Santo Antônio de Pemba é 13 de junho, razão pela qual a Umbanda comemora nesta data o dia de Exu.

Na Umbanda atual, onde os chefes de terreiros são mais esclarecidos, com mais cultura e seus filhos também, não se admitem mais os tabus a respeito de Exus e Pombagiras, tais como :
·        Colocar cortina para cobrir o Gongá em dias de Sessão de Exu; 
·        Considerar os médiuns que trabalham com Exus ou Pombagiras como perigosos, como assim era de crer naquela época remota;
·        Não permitir que os médiuns do terreiro trabalhem como Exus e Pombagiras, como alguns chefes de terreiros daquela época então procediam; Pensar que Exu ou Pombagira são entidades negativas (ruins);
·        Considerar ainda nos dias de hoje que OMULU seja Exu e não Orixá;
·        Exigir que Exus ou Pombagiras incorporem de costas para o Gongá;
·        Pensar que somente na grande hora (meia-noite) seriam horas que Exu ou Pombagira poderiam incorporar;

·        Pensar que um médium após trabalhar com Exu ou Pombagira terá de ser descarregado por um Caboclo ou Preto Velho;
·        Pensar que Exu e Pombagira só trabalham falando "palavrões" e bebendo. Isto é a má orientação dada pelo chefe do terreiro que não respeita a entidade e nem se faz respeitar.

HISTÓRIA

Santo Antônio de Lisboa ou de Pádua (nasceu na capital portuguesa; passou seus últimos dias na cidade italiana), chamava-se Fernando, antes de ingressar na Ordem dos Franciscanos, em Coimbra.

Por conta da doutrina adquirida e propagada como frade menor, é o santo defensor dos pobres. Também era evocado para achar coisas perdidas, tal como São Longuinho. No dia que lhe é consagrado, 13 de Junho, distribui-se o pãozinho que deve ser guardado numa lata de mantimentos, como 'amuleto' de garantia que não falte comida durante o ano. Os lírios brancos que acompanham sua imagem indicam a pureza e os sentimentos nobres.

A escolha de Santo Antônio como padroeiro dos namorados deve-se a uma narrativa sobre o santo português; este durante o tempo em que esteve em França, dirigiu-se a um povoado onde casar era considerado um pecado. No local, o santo pregou sobre a importância da formação das famílias, vindo daí tradição que o tornou popular como santo casamenteiro.

Aqui no Brasil, institui-se 12 de Junho como dia (comercial) dos enamorados em 1949, quando o técnico de publicidade João Dória - trabalhando para a Agência Standard Propaganda - encetou uma campanha para melhorar as vendas da extinta loja Clipper no decorrer de Junho - um mês bastante fraco para o comércio - lançando o slogan "Não é só de beijos que se prova o amor". O êxito foi imediato, tendo a Standard ganho o título de agência do ano. A idéia estava lançada, com o apoio da Confederação de Comércio de São Paulo e o júbilo de todos os comerciantes.
 
       Laroyê Exu, Exu é Mojubá... Saravá os Exus e Salve Santo Antônio!


segunda-feira, 16 de abril de 2018

O UMBANDISTA: o lixeiro espiritual




"De todas as religiões , não vejo nenhuma outra que se disponha a enfiar a mão tão fundo no lixo para ajudar ao seu semelhante quanto a Umbanda. Muitas das religiões, mais novas ou mais velhas vêm, gradativamente, despejando cada vez mais seres perdidos, iludidos ou desiludidos, desequilibrados e inúteis após seu desencarne terreno para plano espiritual. Todos estes sinônimos se resumem em uma única palavra: lixo.
Historicamente falando, antigamente as seitas e filosofias mais antigas havia uma preparação e   auxílio aos seguidores de uma religião sobre o que era o plano espiritual e o que os esperava lá, através da comunicação realizada entre plano terreno e espiritual.

No entanto, com a expansão do poder dos colonizadores vieram novos conceitos e, o antes natural tornou-se então proibido. Aqueles que praticavam as comunicações (os médiuns) com os recém nomeados demônios eram caçados e mortos.
Sem o desenvolvimento da mediunidade, milhares e milhares de almas passaram e ainda passam por encarnações conturbadas, sem encontrar um meio de reverter esta situação. Encarnando com problemas e desencarnando de forma pior ainda, não era possível nenhuma espécie de desenvolvimento íntimo de moral ou renovação dos verdadeiros conceitos cristãos.
 Imersos em seu desespero, estas almas sem auxilio ao longo dos séculos vêm sofrendo, um CAOS ainda pior poderá se instalar. Pior por que para as enfermidades do corpo nossos médicos possuem a cura, mas para as da alma, quem a possui?
Os guias Umbandistas vão até o pior lugar imaginável para resgatar aquele que merece; nós, médiuns Umbandistas, cedemos com alegria no coração o nosso próprio corpo para o auxílio destes coitados.  os aceitando como estiverem e fazemos tudo para recuperá-lo e ajudá-lo em sua evolução, formando equipe que atende as emergências. Lidando com situações terríveis sempre com amor e humildade.


terça-feira, 3 de abril de 2018

A Reencarnação Na Visão da Umbanda


                
               



    Muito se fala dentro dos dogmas espíritas sobre "reencarnação".
    Mas o que seria reencarnação?

    Como é visto essa colocação entre as pessoas que pregam essa
verdade?
    Como será que devemos nos permanecer junto a algumas polêmicas vindas de pessoas descrentes e más informadas sobre esse assunto?

    Antes de tudo vamos falar da palavra "reencarnação" em si. Vamos ver qual é o significado no dicionário Aurélio: "reencarnação s. f. Ato ou efeito de reencarnar(-se).  reencarnar v. Intr. e pron. Tornar a encarnar-se; reassumir (o espírito) a forma material." 
Ou seja, viver, morrer, viver novamente, morrer novamente até estarmos evoluídos para uma próxima caminhada sem precisarmos ter a matéria ou estar nesse planeta como ser vivente.
Mas em uma visão mais espiritualista vamos perguntar:
 O que é a reencarnação e pra que ela nos serve?

    A Reencarnação é voltar a viver num novo corpo físico. É uma nova oportunidade de aprendizado, como prova do amor de Deus para seus filhos.

    A Reencarnação é o processo pelo qual o espírito, estruturando um corpo físico, retorna, periodicamente, ao polissistema material. Esse processo tem como objetivo, ao propiciar vivência de conhecimentos, auxiliar o espírito reencarnante a evoluir.
    O reencarne obedece a um princípio de identidade de frequências, ou seja, o espírito reencarna em um determinado continente, em um determinado país, em uma determinada região desse país, em uma determinada localidade dessa região, com determinadas características culturais (idioma, usos, costumes, valores, tradições, história etc.), bem como em uma determinada família, de acordo com a sintonia que a frequência do seu pensamento consiga estabelecer em relação a cada um desses elementos.

    O espírito encarnado, fundamentando-se em seu existente (a bagagem de conhecimentos e experiências adquiridos ao longo de toda a sua história, seja encarnado, seja desencarnado), passa a exercitar sua capacidade, a constatar e desenvolver suas potencialidades, enfim, assa a construir seu momento presente e seu momento futuro. Vai
enfrentando contradições, dificuldades, obstáculos, facilidades, administrando encontros e desencontros, permanecendo no seu plano geral ou se desviando em função de algumas variáveis do processo, mas sempre de acordo com sua vontade. No exercício do livre-arbítrio, o espírito encarnado vai construindo seu equilíbrio ou seu desequilíbrio, de acordo com a maneira pela qual enfrenta as situações e a vida. Vai, por assim dizer, determinando-se, segundo a natureza de seus pensamentos e atos. Por menos que faça, ou por mais que se desequilibre, o espírito sempre alcança progressos em um ou outro aspecto do seu ser . A evolução não está necessariamente vinculada ao tempo de vida material, mas à intensidade com que ela é vivida. A quantidade de experiências e o aproveitamento que é feito delas é fundamental para o crescimento do espírito, não importando se as experiências estão sendo vivenciadas no polissistema material ou espiritual. É de se ressaltar que, entre uma encarnação e outra, o espírito continua trabalhando, continua aprendendo, continua evoluindo, de modo que ele não reencarna no mesmo estágio em que desencarnou.

    Somente através da reencarnação se prova a justiça e a bondade de Deus, pois é a única explicação racional para as desigualdades sociais existentes no mundo.
   
Como explicar o fato de crianças que morrem em tenra idade, enquanto outras criaturas vivem quase 100 anos? Como explicar os que nascem com saúde perfeita, enquanto outros nascem com deficiências físicas grosseiras? Somente a reencarnação nos dá a chave desse "mistério". Com as múltiplas experiências na carne, temos a chance de adquirir e aprimorar conhecimentos que ainda nos faltam nos campos do intelecto e da moral. Além de reatar as amizades com nossos inimigos e reparar erros do passado. Quando estivermos evoluídos moral e intelectualmente, não mais necessitaremos reencarnar.
    Muitas pessoas se perguntam, quantas reencarnações já tivemos, ou quantas teremos ainda. Mas não podemos precisar esses números, pois isso depende do estado evolutivo em que se encontra o Espírito.

    Algumas pessoas evoluem mais rápido por seu maior esforço, portanto necessitam de passar menor número de vezes na carne, outros são mais lentos permanecendo mais tempo no mundo de sofrimentos. Tudo dependerá de nós. Quanto mais rápido progredirmos moral e intelectualmente, menos encarnações teremos que sofrer.
    Quando nosso Espírito tiver alcançado todos os graus de evolução moral e intelectual, seremos Espíritos puros.

    E após todo esse tempo de encarnação, desencarnação e reencarnação, seremos encarregados de cumprir os desígnios de Deus, colaborando com a manutenção da ordem universal e transformando-nos em Seus mensageiros. O trabalho nunca acabará, pois a criação divina é incessante e há diversos mundos em faixa de evolução diferentes. Os Espíritos fazem parte do conjunto de inteligências que governam o Universo, mas, em termos de existência, estão ligados a Deus, assim como folhas em uma árvore ou gotas no oceano.
    Muitas pessoas se questionam o porque não temos lembranças vivas e claras de nossas vidas passadas, mas isso é simples de demonstrar e explicar. Estamos encarnados para evoluirmos, precisamos vencer os erros de outras vidas, portanto o esquecimento temporário das vidas passadas é uma necessidade. Não devemos nos lembrar das vidas passadas enquanto estamos encarnados, e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são nossos filhos, irmãos, pais e amigos, que, presentemente, se encontram junto de nós para a reconciliação. 
Por isso a reencarnação é uma bênção de Deus para seus filhos. As lembranças de erros passados certamente trariam desequilíbrios de toda ordem, uma vez que estamos muito mais perto do ponto de partida do que do ponto de chegada, em termos de caminhada evolutiva. Depois de desencarnado, normalmente nos lembramos de parte desse passado,
conforme o grau evolutivo em que nos situamos.
Reencarnação é oportunidade de aprendizado, é oportunidade de se aplicar o que se sabe e superar as limitações através de vivências sucessivas no polissistema material. Reencarnação é afirmação da unidade e da continuidade da vida.

    Dentro de uma visão mais abrangente, podemos dizer que temos que viver essa reencarnação para que possamos nos educar e consertar erros do passado, aprendermos a conviver com algum fato ou pessoa que possivelmente nos fez algum mal ou vice versa, aprendermos as lições que nos foi dada para elevarmos a nossa evolução espiritual.
    Portanto estamos nessa vida de passagem apenas para evoluirmos, apenas para aprendermos, apenas para perdoar e sermos perdoados, apenas para nos prepararmos para a próxima lição.
    Vamos viver de acordo que possamos desencarnar e reencarnar de uma maneira que possamos aumentar nossa luz evolutiva, e para isso temos que usar, e usar bem o nosso livre arbítrio para chegarmos a pureza desejada por Deus, nosso Pai Maior.




segunda-feira, 2 de abril de 2018

Páscoa na Umbanda


A maioria resguarda a semana de forma parecida aos Cristãos: com orações, sem comer carnes vermelhas, resguardando as energias e compartilhando a fé com outros irmãos. Porém, para os Umbandistas, o grande momento da fé está na ressurreição de nosso Mestre Jesus Cristo e na criação do mundo por Logorun.terminando a luta contra o mal.

Devemos comemorar o ressurgir de nós mesmos, nosso recriar, nosso reinventar e, no melhor dos termos, nosso reconstruir.

É isto que Oxalá veio avisar que após a quaresma, período onde as trevas tem permissão de estarem mais atuantes, período onde nossas fraquezas estão acentuadas, este seria o momento de pararmos para prestar atenção em nós mesmos, em nossas atitudes e em nossa evolução para seguirmos em frente fortalecidos e confiantes no propósito da caridade em geral.

quarta-feira, 28 de março de 2018

LIVRE ARBÍTRIO



Umbanda Não Faz Amarração. Não Se Pode Tirar Um Dos Maiores Presentes Dados Por Deus. Livre Arbítrio!

Fio, Se Amarração Fosse Coisa Boa, Não Teria Motivo Pro Amor Existir.

Quem Ama Respeita A Vontade Do Outro. 
Conselhos da Mãe Maria






Portanto, dentro da Umbanda, com seus Orixás, suas Entidades de Luz e nosso Pai Maior que é Zambi (Deus), não existe essa falta de amor próprio, não existe essa prepotência de ego, não existe  
amarração.



segunda-feira, 26 de março de 2018


                     




    Nós umbandistas temos um local dentro de nossos templos, casas ou terreiros no qual respeitamos muito, e claro, amamos aquele local como um pedacinho de nossa residência.

    Esse local tem o nome de Congá, ou também chamado em alguns 

terreiros como Gongá, Jacutá, ou mesmo altar.

    A palavra Congá vem de origem Bantú, e por um modo um tanto errôneo linguístico se transforma em "congár" ou "congal", e é a representação do altar umbandista.

    A palavra altar vem do latim "altus", ou seja, alto, elevado, dando significado exatamente a ideia de ligação entre o ser humano e o Pai Maior, e onde poderemos fazer nossas orações, homenagens,  e demonstrar nossa fé.

    Como sabemos a Umbanda é uma religião sincrética, e como já vimos em algumas histórias, os negros escravizados era catequizados e obrigados a se converter ao catolicismo por seus senhores, e por esse motivo nasceu a associação do panteão africano aos santos católicos, como forma de cultuarem seus Orixás através das imagens católicas sem assim não criarem problemas com seus senhores.

    Portanto o Congá, era um altar católico com os assentamentos e firmamentos escondidos por baixo.
    Dessa forma eram cultuados os Orixás tendo as imagens de Santos católicos, e isso se interligou de uma forma grandiosa, que hoje a maioria dos Congás tem suas imagens católicas, não por obrigação, mas sim pela devoção, contudo sempre visto com a nomenclatura do Orixá, como exemplo disso podemos falar do Orixá Ogum, sincretizado por São Jorge, Santo guerreiro dos católicos, ou mesmo a Orixá Oxum, sincretizada por Nossa Senhora da Conceição, ou mesmo ainda o Orixá Oxalá, que por ser considerado o Pai dos Orixás é sincretizado com Jesus Cristo, assim como todos os outros Orixás tem a sua sincretização.

    A todos que já participaram de uma Gira de Umbanda, seja como trabalhador de um terreiro, ou mesmo apenas como consulente ou assistente, já pôde observar o conteúdo que temos em nossos Congás, pois nele podemos encontrar uma grande variedade de objetos, assim como estátuas de Santos católicos, de Caboclos, de Pretos Velhos, de Boiadeiros, de Erês, Ciganos, de Orixás, quartinhas, velas de diversas cores, pedras/Otás, pontos riscados, flores, objetos do ritual das Entidades de Luz, que seguem a mesma imantação do Congá.

    Muitas pessoas sem informação e sem entendimento costumam dizer 
que o Congá umbandista é apenas um local de idolatria e fetiches sem necessidade, porém essas pessoas não entendem que no Congá está a "ponte" entre o médium e a força superior, ou seja, uma das ligações entre o terreno e o espiritual, e que sem ele essa ligação poderia se
tornar um tanto perigosa, pois serve para o firmamento e segurança do terreiro, afim de não deixar aberturas a espíritos sem luz tomarem conta de uma Gira, na qual certamente seria prejudicial aos Babás e consulentes.

    O Congá tem como preceito o funcionamento de um ponto de referência para qual são direcionadas as ondas e cargas energéticas em forma de preces, rogativas, agradecimentos, meditações, entre muitas outras formas de energizar sua fé.

    Sabemos que os terreiros de Umbanda recebem várias e várias pessoas dos mais diferentes degraus evolutivos, umas que dispensam instrumentos materiais para conseguirem elevar seus pensamentos aos altos planos invisíveis, porém outras tantas pessoas necessitam de elos tangíveis de ligação para a concentração, afloramento e direcionamento do teor mental das mesmas, por esse motivo também, a grande importância do sagrado Congá.

    Temos ainda no Congá algo bem importante que é o quesito sugestibilidade, luminosidade, vibração etc., estimula médiuns e assistentes a elevarem seu padrão vibratório e a serem envolvidas por feixes cristalinos de paz, amor, caridade e fraternidade, emanados pela Espiritualidade Superior atuante.

    Sobre os assentamentos, imantações e firmamentos do Congá, não existe uma regra única a seguir, pois esse ponto vai de terreiro para terreiro, sendo levado em questão as instruções ou dos Zeladores da casa, ou das Entidades que comandam o terreiro. Os elementos sugeridos vão conforme as energias que regem os Guias trabalhadores da casa, e a única regra a ser levada sem esquecimento é que tais assentamentos e firmamentos devem ser feitos, antes de qualquer tipo de trabalho espiritual umbandista no terreiro.

    Também é através do Congá que muitas pessoas que participam de uma Gira de um determinado terreiro pela primeira vez, consegue através dos elementos, imagens, firmamentos e cores de velas, identificar imediatamente quais as forças que coordenam os trabalhos da casa.

    Normalmente em todos os Congás, na parte central, em local mais elevado, se faz uso da imagem de Jesus Cristo, sincretizado com o Orixá Oxalá. Além do respeito ao Pai dos Orixás, essa imagem fica em destaque pelo amor dos umbandistas ao filho de Deus, que também faz com que os não umbandistas se sintam em comunhão, realizados, de sentimentos puros ao depararem com a bela imagem de Jesus Cristo, de braços abertos, como abraçando a todos que venham visitar os terreiros, e os convidando a participarem dessa grande obra de caridade que é a Umbanda.

    O Congá é uma das partes mais importantes de um terreiro de Umbanda, pois ele é um núcleo de força em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador, e alimentador dos mais diferentes tipos de níveis de energia e magnetismo.

    Vamos descrever cada um desses centros, para que possamos entender melhor a função do Congá nos terreiros.

Centro Atrator:


     Atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magnético atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.




Centro Condensador:

    É condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, um complexo influxo de cargas negativas e positivas, produto da psicoesfera dos presentes.


Centro escoador:

    É escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio terra (para raio) de miasmas e cargas magnético negativas, as comprime e descarrega para a mãe terra, num potente fluxo eletromagnético.


Centro expansor:
 É expansor porque, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e pela assistência, os potencializa e devolve para as pessoas presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.


Centro transformador:

    É transformador porque, em alguns casos e sob certos limites, funciona como reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo já filtrados ao ambiente de caridade.


Centro alimentador:


É alimentador pelo fato de ser um dos pontos do terreiro a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação do trabalho da Casa, serão o combustível principal para a atividade do Congá (Núcleo de força).


     


 Devemos ter o entendimento que o Congá não é um enfeite para embelezar os terreiros, muito menos um aglomerado de símbolos e objetos aleatórios que são colocados ali para sanar a vaidade de uns ou os devaneios de outros, os Congás estão ali em terreiros honestos e sérios porque tem fundamento, tem uma razão de ser, pois assentados de uma base sólida, lógica, racional, litúrgico magísticas, e sustentados pelo Plano Astral, mantém a casa segura, firme, sem ter a chance de ser atacada por espíritos sem luz, como Kiumbas, Eguns e Zombeteiros.


    Respeitem o Congá como um local sagrado dentro dos terreiros, não tentem inventar assentamentos, imantações ou firmamentos. O Congá é um ponto sagrado, não é um espelho para sua vaidade. Reflita!

Salve nosso Congá!







PEDIDO DE ORAÇÕES

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