CHEFE DA CASA

MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA

  Mãe Maria de Camargo nasceu no dia 29 de outubro , contudo o ano não sabemos com precisão , estima-se que seja entre 1590 e 1592...

MÃE MARIA DE CAMARGO

"O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo o teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão em ti." (Mestre Jesus Cristo).
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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

MÉDIUNIDADE

Existem médiuns fortes ou fracos?

Sim. Ninguém nesta terra é igual e possui características melhores e piores em todos os aspectos de sua vida, incluindo na mediunidade. Contudo este é um tema delicado e raramente abordado pela espiritualidade. O orgulho e a vaidade dos encarnados os torna particularmente vulneráveis neste ponto, pois quase ninguém está pronto para se ver melhor ou pior que seu irmão. Grandes conflitos, disputas e perseguições são desencadeadas por conta disso.  Assim, costuma-se dizer que “todo mundo é igual,” para evitar conflitos, mas pode-se observar estas diferenças no dia a dia.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

7 REGRAS BÁSICAS PARA IR NUM TERREIRO DE UMBANDA

7 REGRAS BÁSICAS PARA IR NUM TERREIRO DE UMBANDA


1. VESTIMENTA
O terreiro de Umbanda é um local de culto, sagrado e, por isso mesmo, você deve utilizar o bom-senso e o respeito como regra na hora de escolher que roupa usar. Não vá num terreiro com roupas curtas ou justas, decotadas ou transparentes. Utilize sim roupas confortáveis e claras.
Grande parte das pessoas, num terreiro, irão estar descalças mas isto pode varia de terreiro para terreiro. Mas esteja preparada para a necessidade de tirar os sapatos antes de entrar no terreiro.

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

SÃO LÁZARO OBALUAIÊ


Dia de São Lázaro 17 de Dezembro – Obaluaê na Umbanda


Lázaro de Betânia é um personagem bíblico descrito no Evangelho segundo João como um amigo que Jesus teria ressuscitado, irmão de Marta e de Maria. Seu nome provavelmente do grego corresponde ao hebraico Eleazar (אלעזר), e significa literalmente “Deus ajudou”.
De acordo com tradição católica, o Lázaro ressuscitado teria se dirigido a Provença depois da morte de Jesus em companhia de suas irmãs e de outras pessoas. Ele também teria sido o primeiro bispo de Marselha. Na Idade Média tornou-se o padroeiro dos leprosos pela associação errada feita com seu homônimo, Lázaro (mendigo e leproso), narrado na parábola mencionada por Lucas – Parábola do Lázaro e do Rico.
Sua Ressurreição
Segundo os Evangelhos, Lázaro teve a sorte de ser o protagonista de um dos milagres mais impressionantes de Jesus Cristo, depois de estar morto por quatro dias. Lázaro adoeceu gravemente e duas de suas irmãs Marta e Maria enviaram com urgência um mensageiro ao encontro de Jesus com a seguinte mensagem: “Aquele a quem Você ama, está doente”. Ou seja, estamos seguros de que virá, e se vier, livra-lo-á da morte. Aos seus discípulos, Jesus diz que Lázaro dorme o que indica que ele talvez não estivesse realmente morto, mas participando de algum tipo de Iniciação, e seria acordado. Mas o próprio Jesus diz que ele estava morto (ver João 11.14). Foi apenas no quarto dia após a sua morte, que chega a Betânia.
Maria fica em sua casa e Marta sai ao encontro de Jesus em meio de lágrimas lhe dizendo: “Oh, Senhor se tivesse estado aqui não haveria morrido meu irmão”. Jesus responde: “Eu sou a ressurreição e a Vida. Os que acreditam em Mim, não morrerão para sempre”. Posteriormente Marta diz a Maria: “O Mestre chegou e te chama”. Maria levantou-se depressa e foi ao encontro de Jesus que, ao vê-la chorar, comoveu-se e também chorou. Os judeus que estavam ali em grande número, exclamaram: “Olhem quanto o amava!” Jesus disse: Lázaro, eu te mando, saia! E Lázaro se levantou. Depois de quatro dias morto, foi ressuscitado milagrosamente e visto pela multidão que contemplou o fato.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

EXU CALUNGA

O exu Calunga.




Apresentando-se como um anão. Por estar vinculado a hierarquia dos exus maiores, Exú Calunga controla entidades de grande valor energético e de magia. As vibrações que esse poderoso Exú recebe vem de Oxalufan e de Yemanjá, aliás donos de duas calungas, a maior e a menor.

quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Conhecendo o Exú Tranca Ruas

  
Conhecendo o Exú Tranca Ruas
Muito se ouve falar de Senhor Exú Tranca Ruas, ouvimos falar bem
pelas pessoas que realmente entendem e conhecem a Religião Umbandista,
e ouvimos falar mal por pessoas ignorantes que desconhecem a essência
e o trabalho dessa nobre Entidade de Luz.

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

EXÚ TRONQUEIRA

Simbolos: Tronco – Pilar


É um Exú serio, calado, só fala quando precisa e não se intimida de encostar
a pessoa no tronco quando precisa xingar ou não gosta de algo, ele da preferência em ficar perto da porta do centro porque ele toma conta da porta durante a sessão, ele é um exu catiço que vibra na linha de yemanja, xango, oxun, iroko, oxossi e ossaiyn.

Habilidades: Trabalha resolvendo instabilidade financeira, problemas psíquicos, suprimindo duvidas, mostrando a pessoa com clareza os
fatos, algumas vezes se parece um psicólogo, outras advogado e sábio, isso se
deve a ele ter ligação com iroko e ayra que são orixás da inteligência e Oxossi
orixá da sabedoria e esperteza e ossaiyn, orixá dos mistérios da magia, como se não bastasse carrega qualidades da linha de yemanja pois ele as vezes se parece como uma mãe para seus filho e para seu médium e se notar vai ver que mesmo sem paciência a educação é uma forte caracteristica no tronqueira.
Ele não gosta de falsidade nem de fingimento e nem falta de respeito a
ligação com Oxum faz o tronqueira um exu forte em trabalhos de níveis
sentimentais e amorosos, mas pense 3 vezes e repense 3 vezes novamente antes de pedi-lo uma amarração, ele não é muito chegado a isso por causa da ligação dele com Xangô o senso de justiça, de razão, de certo ou errado e muito grande.

Fundamento: Por ser muito ligado a iroloko (arvore sagrada e
da vida) a ayra (orisa parecido com xangô vindo da região de save, na umbanda é sincretizado como São Pedro) ele recebeu o nome de Tronqueira, porque morreu amarrado num tronco onde teve sua língua e as duas pernas cortadas e deixado para morrer no tronco, é normal ver assentamentos desse exu encima de tronco de arvore .

Características dos filhos de Tronqueira:
Os filhos dessa entidade costumam ser pessoas inseguras, lembrando que esse exu veio na vida desse filho justamente para ajudar naquilo que ele precisa, por tanto é normal ver em seus filhos faltando tudo que esse exu tem demais para dar, por isso seus filhos são inseguros, cheios de duvidas, tem dificuldade para seguir os caminhos e muitas vezes ficam parados na vida sem andar e por isso precisam de um empurrãozinho.
Na vida amorosa são neutros, tímidos e as vezes sem atitudes, isso faz com
que eles tenham em certas fases da vida um azar no amor, mas nada que não possa mudar.

Qualidades: São pessoas generosas demais, conselheiras e
hiper inteligentes, muitas vezes nem mesmo eles sabem de onde vem sua sabedoria, muito ligados a família e dão muito valor ao que tem, não abre mão de privacidade e liberdade.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

EXU VELUDO

Pois bem mais u Exu será homenageado neste mês, Exu Veludo, muito conhecido na Umbanda, mensageiro de Ogum, é um grande Guardião da Lei.

É assistente imediato do Exu Tranca-Ruas.Obedece á Ogum com ligação com Xangô. Trabalha muito com Exu Meia-Noite que obedece a Xangô com ligação a Ogum.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

CASOS DE REENCARNAÇÃO

CASOS DE REENCARNAÇÃO





A reencarnação é uma crença fundamental de muitas religiões e indivíduos. Porém, não há nenhuma prova cientifica de uma nova vida após a morte, um novo recomeço. O que nos deixa perplexos com os fatos reais de crianças que se lembram de vidas passadas. Elas possuem conhecimento detalhados do nome de suas famílias, onde viviam e como eles morreram. Nesta seleção estão em destaque os 10 casos chocantes que provam que a reencarnação é real.

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Caboclo Gira Mundo:

CABOCLO GIRA-MUNDO: Fuma  charuto dos dois lados 
Caboclo responsável pela doutrina e encaminhamento de obsessores. Protege contra histeria e nervosismo. Guardião dos limites entre os planos astral e material.


O Caboclo Gira Mundo dessa Seara, não é um Cacique ou um Pajé; ele é apenas um índio norte-americano, que nasceu na região de Seattle e pertenceu à Tribo dos Suquamish, onde hoje é o estado de Washington. Ele nasceu e viveu durante o século XVIII (da Colonização Inglesa) e desde cedo convivia com os costumes do Xamã da Tribo, aprendendo tudo sobre os Espíritos da Floresta, sobre a Grande Roda da Vida e sobre a Cura dos Ancestrais.

Durante os processos de desenvolvimento, onde alguém era escolhido pela tribo, o Xamã Pasha Waka solicitava sua ajuda e pedia que ele dançasse ao redor da Roda Xamânica para atrair os bons ancestrais daquela pessoa. Ele sempre iniciava pelo pedra que representava o nascimento da pessoa e o contato com seu Totem Pessoal. Assim, ele sabia e sentia como funcionava a Grande Roda da Cura Xamânica.
Com a idade de 10 anos Pasha Waka lhe deu o nome de Caboclo Gira Mundo (Wanagi Kanglesha Aklan), pois ele sabia "girar a Roda da Vida" de cada índio. Quando sua tribo reunia-se em torno da fogueira, ele celebrava dançando para cada um dos presentes na cerimônia. E isso muito agradava ao chefe Wanblee Gleshka (Águia Pintada).
Quando o homem branco chegou em seu território e as disputas iniciaram, Wanagi ficou triste porque percebeu que sua cultura se perderia... Então, ele pensou em como preservaria todo o costume aprendido com seu povo e pediu a Topa Tate (as quatro direções) que lhe guiasse os passos para honrar o conhecimento de seu povo.
Nessa época iniciou o período mais negro da história Norte-americana: o genocídio de inúmeras tribos e o massacre de muitos índios. O território apache foi invadido. Os índios Sioux foram assassinados. Seattle deixava de ser uma aldeia pacífica e cheia de alegrias. Muitos de sua raça pereceram, enquanto a guerra espalhou-se em solo americano. A principal função da colonização era a obtenção do controle da terra e de suas riquezas.
Wanagi viu a chacina de sua gente e chorou lágrimas de sangue. Ele foi capturado e obrigado a trabalhar em um circo com outras raças. Sua função era ser um atirador de facas, enquanto uma roda girava, com uma moça presa à ela. Os indígenas que restaram foram obrigados a se esconder em territórios áridos, inférteis e isolados.
Haviam mais de 25 milhões de índios norte-americanos e 2 mil idiomas diferentes. Mas, ao final das guerras indígenas, restaram apenas 10% do total (mais ou menos 2 milhões de índios). O genocídio dos nativos americanos foi claramente controlado e impulsionado pelo governo e seus aliados, que visavam apenas lucros e progresso financeiro com o fim da raça indígena.

"Gira Mundo" (Wanagi) ficou amortecido no circo por dois anos, sem perspectiva de luta ou vida. Mas, um dia reencontrou outros de sua raça e com eles empreenderam uma fuga. Eles deslocaram-se em direção ao Alaska, pois a região ainda estava preservada dos homens brancos, devido a distância e às intempéries do tempo.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

PROVA DE PROTEÇÃO


PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO II
SEU DEL




Nosso vizinho da frente , o Seu Filadelfo era casado com a Dona Adélia e tinham 6 filhos, 3 meninos e 3 meninas.
Ele era barbeiro e saia todo dia cedo e  ía a pé até sua barbearia. Onde um de seus filhos ia levar o almoço para ele todo dia, mas quando era uma das meninas ele não deixava entrar na barbearia, pois dizia que dava azar mulher entrar em barbearia.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SER OU ESTAR UMBANDISTA....










SER
Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA.

ESTAR
Umbandista é fugir do assunto quando perguntado.

SER
Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e consequentemente receber sua parte nesta melhora.

ESTAR
Umbandista é simplesmente ir o terreiro para resolver a sua vida.

SER
Umbandista é não ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é não ter vergonha de servir.

ESTAR
Umbandista é fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capacidade esta acima deles.

SER
Umbandista é estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a verdadeira caridade.

ESTAR
Umbandista é se preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem famosa.

SER
Umbandista é não se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os que precisam sejam atendidos.

ESTAR
Umbandista é preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.

SER
Umbandista é agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.

ESTAR
Umbandista é barganhar com eles por favores mesquinhos.

ESTAR
Umbandista é gostar da Umbanda enquanto ela servir.


Enfim, 
SER Umbandista:  é amar a Umbanda e assumi-la como sua religião, falando de suas virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas.






quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O CONGÁ

            Baiano Severino
                       

A palavra Congá tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada àquela aquela que na língua latina significa altar, tendo tanto o alto e o acima, como o nutrir, o alimentar por significado. Definição bastante adequada à função desempenhada por todo o Congá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal é o Altar.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

DR CHING



A  dinastia Chin, foi uma dinastia que governou a China entre 221 a.C. e 206 a.C., e que normalmente figura como a primeira dinastia burocrática ou da história da China. O período abrangido pelo governo da dinastia Qin pode, igualmente, corresponder a uma subdivisão da história chinesa. a partir do século III a. C. e foi neste período que Dr Ching viveu.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

BAIANO SEVERINO


A NOSSA HOMENAGEM AOS MESTRES E A FALANGE DE LAMPIÃO.
LINHA DO CANGAÇO

BAIANO
SEVERINO

HISTÓRIA DO BAIANO SEVERINO E LAMPIÃO, O "REI DO CANGAÇO"

Antonio Severino, nasceu em 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.
Desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial). Em 1915, acusou um empregado do vizinho de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, ele e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos fugiram da fazenda.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO

 PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO - 01
 Fé é algo que se não se explica, você tem ou não. É algo que vem de dentro, não se denomina e nem se escolhe.
Suas atitudes a demonstram e não suas palavras, quando você é merecedor nunca fica desamparado.
Exemplo maior que este: Durante toda a nossa vida recebemos várias provas de fé e proteção que os orixás nos proporcionam, está é apenas uma ....
No início dos anos 70, meu avô e minha avó tinham “saído” do centro do Seu Orlando e tinham a sua casa como local onde trabalhavam atendendo as pessoas.
No inicio de fevereiro de 1973 meu avô saiu, pela manhã e trouxe duas panelas pra minha avó dizendo que ela iria precisar para fazer chá a noite, e foi trabalhar.
Neste dia ele passou mal no serviço e quando caiu, já caiu morto, teve um infarto fulminante COM APENAS 50 ANOS DE IDADE . Neste momento o Pai José incorporou no meu avô e o trouxe de volta para casa.
Quando chegou no portão de casa , colocou a bolsa dele no terceiro degrau da escada e subiu, deixando-o caído na entrada de casa para que o encontrássemos.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

BIOGRAFIA PAI JOSÉ DE ANGOLA

História de Pai José de Angola
Em uma prosa informal, Pai José contou sua história com simplicidade, bem típica dele. Aqui está à história deste Preto Velho tão querido, transcrita por mim da maneira mais fiel possível para que todos possam compreender...
Em Angola por volta de  1640 nasceu o Pai Jose de Angola,. Em sua cidade natal foi escravizado por volta dos seus 30 anos de idade e trazido ao Brasil nos chamados ‘Navios Negreiros’.
Nesta longa viajem viu muitos amigos e conhecidos morrerem por doenças ou fraquezas e serem lançados ao mar, mas sua fé nos Orixás era o que o fortalecia. Ao chegar ao Brasil, percebeu que a língua falada aqui era a mesma de sua cidade, o português.
Como era um negro muito sadio e forte, com dentes brancos e bons, foi vendido como escravo para ser um ‘reprodutor’, pois naquela época pensavam que os negros não tinham amor, não tinham sentimentos. E assim foi trabalhar na colheita de café e cana de açúcar em uma fazenda.
Na senzala encontrou uma linda escrava, Maria Conga, pela qual se apaixonou. Seu romance foi complicado, pois ela trabalhava na casa principal da fazenda, acompanhante da sinhazinha, filha do coronel da fazenda.
Entre o trabalho escravo nas colheitas e ser um escravo reprodutor, teve filhos incontáveis na senzala, alguns permaneceram ao passar dos anos na mesma fazenda, outros morreram ou foram vendidos.
Como sempre foi um escravo que não se conformava com a situação da escravidão porque não se conformava em viver como um animal tentou realizar várias revoluções, mas mudar a cabeça e o pensamento das pessoas sempre foi muito difícil, não tendo sucesso em seus movimentos, ficou marcado pelos capitães do mato e pelo coronel da fazenda onde era escravo.
Os escravos que estavam fracos ou doentes e que tentavam fugir eram lhes dado melancia e leite, o que supostamente faria mal aos escravos e morreriam, mas na verdade era somente uma desculpa para serem mortos pelos capitães do mato.
Mesmo quando alguns escravos conseguiram a Carta de Alforria, Pai José com aproximadamente 70 anos ainda tentou fazer mais uma revolução com filhos e outros negros da fazenda. Desta vez os escravos conseguiram fugir, indo à direção ao tão falado Quilombo de Palmares. Porém, já com a idade avançada não tinha o mesmo pique dos seus filhos que ainda o acompanhavam e os escravos que participaram desta fuga. Em muitos momentos o carregaram para que conseguisse acompanhar a fuga.
Enquanto isso os capitães do mato os perseguiam com cachorros e a cavalo para a captura dos escravos fugitivos, já que os Coronéis para manter sua fama e “estatus” não podiam deixar que qualquer escravo fugisse e/ou escapasse vivo destes feitos.
Pai José pediu aos seus companheiros para seguirem em frente e o deixarem para trás, pois só atrasaria os outros escravos, que seriam capturados e castigados. Esconde-se no meio de algumas pedras (buraco) através de uma fenda. Seu azar foi que tinha pouco tempo e ali também estava escondido um gato. Pai José contou que os escravos naquela época costumavam enganar o faro dos cachorros colocando cinzas em sua volta para enganar o cheiro, mas devido aos fatos, os cachorros acabaram seguindo o gato e seu verdadeiro faro, capturando o escravo na fenda em meio às pedras. Pai José descobriu mais tarde que um escravo capturado havia denunciado seu trajeto de fuga, provavelmente em troca de sua vida. (Pai José não demonstrou rancor ao relatar este fato e nem citou o nome do escravo)
Na fazenda os feitores como castigo, amarraram-no em uma pedra por sete dias e sete noites ao tempo. Seu castigo pela fuga e por acharem que ele era o principal incentivador da revolução e fuga foi muito severo, cortaram pedaços de seu corpo, como dois dedos das mãos e recebeu muitas chibatadas, ficou sem nada para comer ou beber. Os feitores tinham a intenção que o escravo contasse onde estavam escondidos os outros escravos fugitivos. Mesmo com a severa punição, o Preto Velho não desistiu de sua vida nem dedurou os outros escravos, principalmente pela fé em Oxalá, na natureza e pela ajuda de Maria Conga, sua companheira, que nas madrugadas levava para seu querido preto uma ‘canja aguada’ com restos de comida que conseguia na fazenda.
Como os feitores tinham certeza que o escravo era o revolucionário que havia comandado a fuga, com a ordem do ‘sinhozinho’ Pai José foi liberto, para morrer ou com a intenção de que os outros escravos fugitivos o encontrassem, acabando com a fuga e a revolução. Naquela época os feitores precisavam capturar todos os escravos fugitivos vivos ou mortos para mostrar a sociedade e continuar com sua força, fama, liderança e com suas fazendas. Após os escravos fugitivos serem capturados e muitas vezes mortos, seus corpos eram expostos à sociedade e em seguida jogados no manto.
 Pai José muito debilitado pelo massacre em seu corpo e pela franqueza, saiu por trás de uma casa muito antiga e em uma emboscada encontrou uma cumbuca cheia de bolachas (ele descreveu-as como as nossas atuais bolachas de natal), como a fome estava grande, não pensou e as comeu, e cada vez que comia mais uma bolacha queria comer mais, chegou a comer toda a cumbuca (as bolachas estavam envenenadas) e em seguida foi se sentindo muito mal, com dores fortes no peito até que sua respiração parou, findando assim a vida terrena do escravo Pai José de Angola.
No final de nossa prosa, Pai José falou sobre seu nome, disse que naquele tempo não havia nomes diferentes como os de hoje em dia e sim muitos Antônios, Josés e Marias; assim existiam vários escravos com o mesmo nome e o seu é Pai José de Angola.
Disse finalizando e com pressa de “ir embora” que se no passado não existissem os escravos, não teríamos hoje a nossa religião Umbanda.

PEDIDO DE ORAÇÕES

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