FUNDADO EM 08/12/1976 Rua Gonçalo Monteiro, 41 - Vila João Ramalho - Santo André
CHEFE DA CASA
MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA
Mãe Maria de Camargo nasceu no dia 29 de outubro , contudo o ano não sabemos com precisão , estima-se que seja entre 1590 e 1592...
Páginas
MÃE MARIA DE CAMARGO
"O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo o teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão em ti." (Mestre Jesus Cristo).
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Caboclo Gira Mundo:
CABOCLO GIRA-MUNDO: Fuma charuto dos dois lados
Caboclo responsável pela
doutrina e encaminhamento de obsessores. Protege contra histeria e nervosismo.
Guardião dos limites entre os planos astral e material.
O Caboclo Gira Mundo dessa Seara, não é
um Cacique ou um Pajé; ele é apenas um índio norte-americano, que nasceu na
região de Seattle e pertenceu à Tribo dos Suquamish, onde hoje é o estado
de Washington. Ele nasceu e viveu durante o século XVIII (da Colonização
Inglesa) e desde cedo convivia com os costumes do Xamã da Tribo,
aprendendo tudo sobre os Espíritos da Floresta, sobre a Grande Roda da Vida e
sobre a Cura dos Ancestrais.
Durante os processos de desenvolvimento, onde alguém era escolhido pela tribo, o Xamã Pasha Waka solicitava sua ajuda e pedia que ele dançasse ao redor da Roda Xamânica para atrair os bons ancestrais daquela pessoa. Ele sempre iniciava pelo pedra que representava o nascimento da pessoa e o contato com seu Totem Pessoal. Assim, ele sabia e sentia como funcionava a Grande Roda da Cura Xamânica.
Com a idade de 10 anos Pasha Waka lhe deu o nome de Caboclo Gira Mundo (Wanagi Kanglesha Aklan), pois ele sabia "girar a Roda da Vida" de cada índio. Quando sua tribo reunia-se em torno da fogueira, ele celebrava dançando para cada um dos presentes na cerimônia. E isso muito agradava ao chefe Wanblee Gleshka (Águia Pintada).
Quando o homem branco chegou em seu
território e as disputas iniciaram, Wanagi ficou triste porque
percebeu que sua cultura se perderia... Então, ele pensou em como
preservaria todo o costume aprendido com seu povo e pediu a Topa Tate (as
quatro direções) que lhe guiasse os passos para honrar o conhecimento de seu
povo.
Nessa época iniciou o período mais
negro da história Norte-americana: o genocídio de inúmeras tribos e o massacre
de muitos índios. O território apache foi invadido. Os índios Sioux foram
assassinados. Seattle deixava de ser uma aldeia pacífica e cheia de alegrias.
Muitos de sua raça pereceram, enquanto a guerra espalhou-se em solo americano.
A principal função da colonização era a obtenção do controle da terra
e de suas riquezas.
Wanagi viu a chacina
de sua gente e chorou lágrimas de sangue. Ele foi capturado e obrigado a
trabalhar em um circo com outras raças. Sua função era ser um atirador de
facas, enquanto uma roda girava, com uma moça presa à ela. Os indígenas que
restaram foram obrigados a se esconder em territórios áridos, inférteis
e isolados.
Haviam mais de 25 milhões de índios
norte-americanos e 2 mil idiomas diferentes. Mas, ao final das guerras
indígenas, restaram apenas 10% do total (mais ou menos 2 milhões de índios). O
genocídio dos nativos americanos foi claramente controlado e impulsionado
pelo governo e seus aliados, que visavam apenas lucros e progresso
financeiro com o fim da raça indígena.
"Gira Mundo" (Wanagi)
ficou amortecido no circo por dois anos, sem perspectiva de
luta ou vida. Mas, um dia reencontrou outros de sua raça e com eles
empreenderam uma fuga. Eles deslocaram-se em direção ao Alaska, pois a região
ainda estava preservada dos homens brancos, devido a distância e às intempéries
do tempo.
segunda-feira, 27 de novembro de 2017
BAIANA MARIA ANTONIA
A BaiaMaria Antonia
Sete Saias nasceu no norte da Bahia num vilarejo chamado Pilão Furado. Era de
uma família muito pobre, até que um dia sua mãe, Baiana Dolores, vendeu sua
filha para uma dona de cabaré, Dona Carlita, por alguns fardos de arroz,
feijão, camarão seco e banha de porco, para alimentar seus outros filhos
sexta-feira, 24 de novembro de 2017
PROVA DE PROTEÇÃO
PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO
II
SEU DEL
Nosso
vizinho da frente , o Seu Filadelfo era casado com a Dona Adélia e tinham 6
filhos, 3 meninos e 3 meninas.
Ele era barbeiro e saia todo
dia cedo e ía a pé até sua barbearia.
Onde um de seus filhos ia levar o almoço para ele todo dia, mas quando era uma
das meninas ele não deixava entrar na barbearia, pois dizia que dava azar
mulher entrar em barbearia.
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
SER OU ESTAR UMBANDISTA....
SER
Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA.
ESTAR
SER
Umbandista é ir
para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e consequentemente
receber sua parte nesta melhora.
ESTAR
Umbandista é
simplesmente ir o terreiro para resolver a sua vida.
SER
Umbandista é não
ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é
não ter vergonha de servir.
ESTAR
Umbandista é
fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capacidade esta acima deles.
SER
Umbandista é
estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja
sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a
verdadeira caridade.
ESTAR
Umbandista é se
preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem
famosa.
SER
Umbandista é não
se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os
que precisam sejam atendidos.
ESTAR
Umbandista é
preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.
SER
Umbandista é
agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.
ESTAR
Umbandista é
barganhar com eles por favores mesquinhos.
ESTAR
Umbandista é
gostar da Umbanda enquanto ela servir.
Enfim,
SER
Umbandista: é amar a Umbanda e assumi-la como sua religião, falando de suas
virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas.
quarta-feira, 22 de novembro de 2017
O CONGÁ
A palavra
Congá tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada àquela aquela que
na língua latina significa altar, tendo tanto o alto e o acima, como o nutrir,
o alimentar por significado. Definição bastante adequada à função desempenhada
por todo o Congá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal
é o Altar.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
DR CHING
A dinastia Chin, foi uma dinastia que
governou a China entre 221 a.C. e
206 a.C., e que normalmente figura como a primeira dinastia burocrática ou da história
da China.
O período abrangido pelo governo da dinastia Qin pode, igualmente, corresponder a uma
subdivisão da história chinesa. a partir do século III a. C. e foi neste
período que Dr Ching viveu.
sexta-feira, 17 de novembro de 2017
BAIANO SEVERINO
A
NOSSA HOMENAGEM AOS MESTRES E A FALANGE DE LAMPIÃO.
LINHA DO CANGAÇO
LINHA DO CANGAÇO
BAIANO
SEVERINO
SEVERINO
HISTÓRIA DO
BAIANO SEVERINO E LAMPIÃO, O "REI DO CANGAÇO"
Antonio Severino, nasceu em
1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra
Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito
irmãos.
Desde criança demonstrou-se
excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro
e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar
muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de
Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde
reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o
poder econômico, político e policial). Em 1915, acusou um empregado do vizinho
de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as
duas famílias. Quatro anos depois, ele e dois irmãos se tornaram bandidos.
Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos fugiram da fazenda.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
OS ORIXAS E OS DIAS DA SEMANA
Os Orixás e os dias
da semana
Domingo –
As pessoas nascidas nesse dia regido por Oxalá são
audaciosas, revolucionárias e incansáveis. Estão sempre querendo criar coisas
novas ou melhorar o que já existe. Mas também herdam desse orixá o equilíbrio,
a serenidade e o desejo de levar uma vida tranqüila.
Segunda-feira – As
pessoas nascidas nesse dia regido por Exu,
o mensageiro, são alegres, boêmias e sensuais. Donas de um caráter nobre,
costumam se mostrar amigáveis. Mas, caso sofram uma injustiça, não conseguem
deixar de pensar em vingança.
Terça-feira – As
pessoas nascidas nesse dia regido por Ogum,
o orixá da guerra e do progresso tecnológico, detestam a rotina e são
irrequietas. Estão sempre lutando por mudanças no ambiente de trabalho, na
política e na vida pessoal. Geralmente, conseguem grandes conquistas. Mas
precisam combater a tendência de impor suas opiniões aos outros.
Quarta-feira – As
pessoas nascidas nesse dia regido por Iansã, a
senhora dos raios, adoram curtir as mais loucas paixões. Vivem num clima de
sedução e conquista, seguindo seus próprio desejos, sem medo das consequências.
Ousadas, correm todos os riscos e enfrentam todos os perigos para realizar suas
tarefas e alcançar os objetivos a que se propõem.
Quinta-feira – As
pessoas nascidas nesse dia regido por Oxóssi,
a divindade das matas, são introvertidas e discretas. Sabem exprimir suas
opiniões, mas jamais tentam impô-las. Simplesmente esperam que as outras
pessoas reconheçam que elas tinham razão. Isso tudo lhes conferem muito charme
e um ar de nobreza.
Sexta-feira – As
pessoas nascidas nesse dia regido por Oxaguiã,
a manifestação jovem de Oxalá, são orgulhosas e não gostam de meio-termo. Para
elas, é sempre tudo ou nada. Por isso, oscilam entre uma tristeza profunda e
uma alegria sem limites, entre o ódio e o amor. Mas, à medida que amadurecem,
ganham características do equilibrado Oxalá.
Sábado – As
pessoas nascidas nesse dia regi
Saudações, cores e os dias
da semana para cada Orixá
Omolu/Obaluaiê – O orixá da medicina, deus da varíola
Exu – Mensageiro dos orixás
Ogum – O orixá da guerra, é também ferreiro
Oxumarê – O orixá da riqueza representado pelo arco-íris e pela cobra
Iansã – Senhora dos ventos e tempestades
Xangô – Senhor da justiça
Oiá – orixá dos ventos e redemoinhos
Oxóssi – O orixá da caça e rei das matas
Ossaim – O orixá das plantas
Oxaguiã/Oxalufã – O orixá maior
Oxum – Orixá do amor, da fertilidade e maternidade
Iemanjá – Deusa do mar
Nanã Buruku – a mais velha dos orixás, deusa da morte
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Eu Amo os Orixás, Eu Amo os Guias Espirituais, Guias que nos ensinam a
respeitar a tudo e a todos desde a pequena formiga ao grande elefante, a folha
miúda até a grande palmeira, MINHA FÉ ENSINA RESPEITO.
Minha Fé não precisa de Terno, somente uma Roupa simples branca como as
nuvens mais puras do céu podem ser, Minha fé não exige sapatos finos, os pés
descalços me lembram a pureza e simplicidade que só a terra pode me ofertar.
Minha Fé não precisa de Templos grandiosos, Nosso Templo é o maior do
Mundo ele se chama “ NATUREZA”, a Minha fé também não precisa de Soldados,
gladiadores ou guardiões, minha fé mora em mim e o maior guardião dela são os
meus atos, Sim também temos os nossos GUARDIÕES ESPIRITUAIS e sabem guardar
muito bem viu.
Minha fé não precisa de livros, pois o verdadeiro ensinamento brota de
nosso coração, não precisamos de escrituras, são nossos sentimentos que
perpetuam pela eternidade. Mas Respeito a todos que não são da minha fé também.
Respeito aquele que nunca conseguiu se arrepiar com um silvo do Caboclo
ou do brado de um Boiadeiro, Respeito também aquele c que nunca teve a oportunidade
de sentar na frente de um preto-velho e aprender um tiquinho de sabedoria,
também respeito aquele que nunca teve um abraço sincero e amoroso de um Erê ou
até mesmo aquele que nunca riu com um Baiano. Ah eu também respeito com aquele
que nunca foi abençoado por um marinheiro ou a oportunidade de ser engrandecido
por um Cigano, e respeito aqueles que nunca se cobriram com a Capa de Exu ou
ganhou uma rosa de uma Pomba-gira.
Somos Seres Humanos, estamos no mesmo planeta no mesmo momento, façamos
desta nossa breve jornada Respeitosa e melhor Possível.
segunda-feira, 13 de novembro de 2017
PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO
PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO - 01
Fé é algo que se não se explica, você tem ou
não. É algo que vem de dentro, não se denomina e nem se escolhe.
Suas
atitudes a demonstram e não suas palavras, quando você é merecedor nunca fica
desamparado.
Exemplo
maior que este: Durante toda a nossa vida recebemos várias provas de fé e
proteção que os orixás nos proporcionam, está é apenas uma ....
No
início dos anos 70, meu avô e minha avó tinham “saído” do centro do Seu Orlando
e tinham a sua casa como local onde trabalhavam atendendo as pessoas.
No
inicio de fevereiro de 1973 meu avô saiu, pela manhã e trouxe duas panelas pra
minha avó dizendo que ela iria precisar para fazer chá a noite, e foi
trabalhar.
Neste
dia ele passou mal no serviço e quando caiu, já caiu morto, teve um infarto
fulminante COM APENAS 50 ANOS DE IDADE . Neste momento o Pai José incorporou no meu avô e o trouxe de volta
para casa.
Quando
chegou no portão de casa , colocou a bolsa dele no terceiro degrau da escada e
subiu, deixando-o caído na entrada de casa para que o encontrássemos.
CÓDIGO ÉTICO DA UMBANDA
Código Ético Litúrgico da Umbanda
A Federação Brasileira de Umbanda disponibiliza em seu site o
Código Ético Litúrgico da Umbanda com as principais diretrizes que regem e
disciplinam a prática da religião, como os ritos e as cerimônias, dentro dos
princípios dos Fundamentos da Umbanda. Nele se encontram artigos relacionados à
organização, ritos, liturgia, acessórios e instrumentos litúrgicos e
calendários.
Para conhecer melhor a Umbanda,
sua história, sincretismo religioso, seus orixás, guias e as
principais diferenças entre as religiões afro descendentes, confira as outras
páginas do site!
"Dê
de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
BIOGRAFIA PAI JOSÉ DE ANGOLA
História
de Pai José de Angola
Em
uma prosa informal, Pai José contou sua história com simplicidade, bem típica
dele. Aqui está à história deste Preto Velho tão querido, transcrita por mim da
maneira mais fiel possível para que todos possam compreender...
Em
Angola por volta de 1640 nasceu o Pai
Jose de Angola,. Em sua cidade natal foi escravizado por volta dos seus 30 anos
de idade e trazido ao Brasil nos chamados ‘Navios Negreiros’.
Nesta
longa viajem viu muitos amigos e conhecidos morrerem por doenças ou fraquezas e
serem lançados ao mar, mas sua fé nos Orixás era o que o fortalecia. Ao chegar
ao Brasil, percebeu que a língua falada aqui era a mesma de sua cidade, o
português.
Como
era um negro muito sadio e forte, com dentes brancos e bons, foi vendido como
escravo para ser um ‘reprodutor’, pois naquela época pensavam que os negros não
tinham amor, não tinham sentimentos. E assim foi trabalhar na colheita de café e
cana de açúcar em uma fazenda.
Na
senzala encontrou uma linda escrava, Maria Conga, pela qual se apaixonou. Seu
romance foi complicado, pois ela trabalhava na casa principal da fazenda,
acompanhante da sinhazinha, filha do coronel da fazenda.
Entre
o trabalho escravo nas colheitas e ser um escravo reprodutor, teve filhos
incontáveis na senzala, alguns permaneceram ao passar dos anos na mesma
fazenda, outros morreram ou foram vendidos.
Como
sempre foi um escravo que não se conformava com a situação da escravidão porque
não se conformava em viver como um animal tentou realizar várias revoluções,
mas mudar a cabeça e o pensamento das pessoas sempre foi muito difícil, não
tendo sucesso em seus movimentos, ficou marcado pelos capitães do mato e pelo
coronel da fazenda onde era escravo.
Os
escravos que estavam fracos ou doentes e que tentavam fugir eram lhes dado
melancia e leite, o que supostamente faria mal aos escravos e morreriam, mas na
verdade era somente uma desculpa para serem mortos pelos capitães do mato.
Mesmo
quando alguns escravos conseguiram a Carta de Alforria, Pai José com
aproximadamente 70 anos ainda tentou fazer mais uma revolução com filhos e
outros negros da fazenda. Desta vez os escravos conseguiram fugir, indo à
direção ao tão falado Quilombo de Palmares. Porém, já com a idade avançada não
tinha o mesmo pique dos seus filhos que ainda o acompanhavam e os escravos que
participaram desta fuga. Em muitos momentos o carregaram para que conseguisse
acompanhar a fuga.
Enquanto
isso os capitães do mato os perseguiam com cachorros e a cavalo para a captura
dos escravos fugitivos, já que os Coronéis para manter sua fama e “estatus” não
podiam deixar que qualquer escravo fugisse e/ou escapasse vivo destes feitos.
Pai
José pediu aos seus companheiros para seguirem em frente e o deixarem para
trás, pois só atrasaria os outros escravos, que seriam capturados e castigados.
Esconde-se no meio de algumas pedras (buraco) através de uma fenda. Seu azar
foi que tinha pouco tempo e ali também estava escondido um gato. Pai José
contou que os escravos naquela época costumavam enganar o faro dos cachorros
colocando cinzas em sua volta para enganar o cheiro, mas devido aos fatos, os
cachorros acabaram seguindo o gato e seu verdadeiro faro, capturando o escravo
na fenda em meio às pedras. Pai José descobriu mais tarde que um escravo
capturado havia denunciado seu trajeto de fuga, provavelmente em troca de sua
vida. (Pai José não demonstrou rancor ao relatar este fato e nem citou o nome
do escravo)
Na
fazenda os feitores como castigo, amarraram-no em uma pedra por sete dias e
sete noites ao tempo. Seu castigo pela fuga e por acharem que ele era o
principal incentivador da revolução e fuga foi
muito severo, cortaram pedaços de seu corpo, como dois dedos das mãos e recebeu
muitas chibatadas, ficou sem nada para comer ou beber. Os feitores tinham a
intenção que o escravo contasse onde estavam escondidos os outros escravos
fugitivos. Mesmo com a severa punição, o Preto Velho não desistiu de sua vida
nem dedurou os outros escravos, principalmente pela fé em Oxalá, na natureza e
pela ajuda de Maria Conga, sua companheira, que nas madrugadas levava para seu
querido preto uma ‘canja aguada’ com restos de comida que conseguia na fazenda.
Como
os feitores tinham certeza que o escravo era o revolucionário que havia
comandado a fuga, com a ordem do ‘sinhozinho’ Pai José foi liberto, para morrer
ou com a intenção de que os outros escravos fugitivos o encontrassem, acabando
com a fuga e a revolução. Naquela época os feitores precisavam capturar todos
os escravos fugitivos vivos ou mortos para mostrar a sociedade e continuar com
sua força, fama, liderança e com suas fazendas. Após os escravos fugitivos
serem capturados e muitas vezes mortos, seus corpos eram expostos à sociedade e
em seguida jogados no manto.
Pai
José muito debilitado pelo massacre em seu corpo e pela franqueza, saiu por
trás de uma casa muito antiga e em uma emboscada encontrou uma cumbuca cheia de
bolachas (ele descreveu-as como as nossas atuais bolachas de natal), como a
fome estava grande, não pensou e as comeu, e cada vez que comia mais uma
bolacha queria comer mais, chegou a comer toda a cumbuca (as bolachas estavam
envenenadas) e em seguida foi se sentindo muito mal, com dores fortes no peito
até que sua respiração parou, findando assim a vida terrena do escravo Pai José
de Angola.
No
final de nossa prosa, Pai José falou sobre seu nome, disse que naquele tempo
não havia nomes diferentes como os de hoje em dia e sim muitos Antônios, Josés
e Marias; assim existiam vários escravos com o mesmo nome e o seu é Pai José de
Angola.
Disse
finalizando e com pressa de “ir embora” que se no passado não existissem os
escravos, não teríamos hoje a nossa religião Umbanda.
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
BIOGRAFIA VÓ E VÔ
Minha avó e meu avô
Minha avó
começou sua missão dentro da umbanda na década de 40. O inicio foi difícil pois
a família não aceitava, mas a partir que meu avô e ela começaram ir juntos,
nunca mais pararam, sempre trabalhando juntos para ajudar os filhos que
precisavam. Pai José e Mãe Maria trabalharam sempre juntos até 1973 quando meu
avô fez sua passagem.
Durante seu
percurso, eles sofreram muitas injustiças de outros zeladores de centro nos
quais trabalhavam, pois estes tinham ciúmes dos meus avós, pois as pessoas que
iam ao centro queriam ser atendidos pela Mãe Maria ou pelo Pai José, em vez de
querer passar com o guia chefe. Chegando mesmo há alguns zeladores chegarem a
pedir que os dois se retirassem do centro.
Foi aí que
eles decidiram abrir uma tenda para poder trabalharem. Mas após a perda do
companheiro no dia 05/03/1973, com apenas 50 anos, minha avó ficou desiludida e
havia decidido que não iria mais atender ninguém. Contudo, certo dia, chegou em
casa uma mulher desesperada com uma criança recém-nascida muito doente no colo, dizendo que um homem chamado Tico a
havia trazido ali para que ela benzesse a criança.
Tico era o
apelido do meu avô quando era criança, e pela descrição que a mulher deu
sabíamos que era o meu avô que a havia trazido pra casa. Minha avó atendeu o
menino e este sarou, e enquanto o benzia, a Mãe Maria chamava o menino de
Luisinho e a partir daquele dia todo mundo, até mesmo a mãe dele passou a
chamar o Ronaldo de Luisinho.
A partir deste
dia, ela nunca mais parou e dedicou toda sua vida a atender os doentes e
necessitados por mais de 65 anos, até 14/09/2000, quando ela fez sua passagem.
Hoje em dia,
Mãe Benedita ( minha avó) e Pai Sebastião ( meu avô) continuam sua missão de
caridade iniciada lá na década de 40, novamente trabalhando juntos na graça de
nosso pai para atender e ajudar todos que necessitam. Através da pessoa de
Maria Aparecida da Matta Moreira , nossa Babá e minha mãe.
MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA
Como
escrava vivia em condições de penúria recebendo do senhor apenas o mínimo para
sobreviver e apenas dois sacos de estopa para usar como roupa.
Desde
cedo Mãe Maria se afirmou como parteira entre os escravos, ajudando as mulheres
a terem seus filhos naquela situação tão degradante , nas quais eram obrigados
a viver, pois as mulheres que demoravam muito para ter seus filhos, tinham suas
pernas amarradas para evitar que a criança nascesse e o feitor pulava na
barriga da escrava matando o bebê e a mãe . Chegando a ajudar até mesmo uma
cadelinha que estava tendo dificuldades para ter sua cria.
As
escravas deviam voltar ao trabalho logo após terem os bebês, elas os levavam
para o campo consigo, cavavam um buraco no chão para deixa-los dentro enquanto
trabalhavam, e muitos dos bebês e mães não sobreviviam a estas condições. Com o
tempo, passou a ser parteira das mulheres na casa grande também.
Mãe
Maria viveu como muitos anos, quando estava fraca e com idade avançada, os
feitores amarraram seus braços e pernas
num instrumento de castigo por vários dias, sem água e comida, mas como ela
ainda sobrevivia, um dos feitores pisou em suas costas quebrando-lhe a coluna,
e no dia seguinte dia 28/10 Mãe Maria faleceu, fazendo sua passagem um dia
antes de completar os noventa anos de idade.
Ao
desencarnar, ela se viu num lugar claro onde havia dois caminhos para serem
escolhidos: um liso e outro pedregoso. Ela decidiu prosseguir pelo caminho
pedregoso e quando chegou ao seu final algo maravilhoso lhe aconteceu, mas ela
nunca teve autorização para contar o que que aconteceu.
Ela
, após sua passagem levou apenas 6 meses para iniciar sua obra de cura e ajuda
às pessoas que que precisavam. A
primeira vez que Mãe Maria veio trabalhar com a Dona Benedita, foi em 1952. Ela
veio e disse que estava lá pra trabalhar com aquele cavalo e benzer uma criança
que havia saído da casa santa.
Mãe
maria benzeu e curou a criança, desde então ela continuou a trabalhar com o cavalo
que tinha escolhido para seu trabalho de cura por mais de 60 anos e ela avisou
que só iria trabalhar enquanto seu cavalo vivesse e assim se fez.
Hoje
Mãe Maria ascendeu para bem perto de nosso pai e só volta à terra em ocasiões
especiais.
Assinar:
Postagens (Atom)