CHEFE DA CASA

MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA

  Mãe Maria de Camargo nasceu no dia 29 de outubro , contudo o ano não sabemos com precisão , estima-se que seja entre 1590 e 1592...

MÃE MARIA DE CAMARGO

"O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo o teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão em ti." (Mestre Jesus Cristo).

terça-feira, 28 de novembro de 2017

Caboclo Gira Mundo:

CABOCLO GIRA-MUNDO: Fuma  charuto dos dois lados 
Caboclo responsável pela doutrina e encaminhamento de obsessores. Protege contra histeria e nervosismo. Guardião dos limites entre os planos astral e material.


O Caboclo Gira Mundo dessa Seara, não é um Cacique ou um Pajé; ele é apenas um índio norte-americano, que nasceu na região de Seattle e pertenceu à Tribo dos Suquamish, onde hoje é o estado de Washington. Ele nasceu e viveu durante o século XVIII (da Colonização Inglesa) e desde cedo convivia com os costumes do Xamã da Tribo, aprendendo tudo sobre os Espíritos da Floresta, sobre a Grande Roda da Vida e sobre a Cura dos Ancestrais.

Durante os processos de desenvolvimento, onde alguém era escolhido pela tribo, o Xamã Pasha Waka solicitava sua ajuda e pedia que ele dançasse ao redor da Roda Xamânica para atrair os bons ancestrais daquela pessoa. Ele sempre iniciava pelo pedra que representava o nascimento da pessoa e o contato com seu Totem Pessoal. Assim, ele sabia e sentia como funcionava a Grande Roda da Cura Xamânica.
Com a idade de 10 anos Pasha Waka lhe deu o nome de Caboclo Gira Mundo (Wanagi Kanglesha Aklan), pois ele sabia "girar a Roda da Vida" de cada índio. Quando sua tribo reunia-se em torno da fogueira, ele celebrava dançando para cada um dos presentes na cerimônia. E isso muito agradava ao chefe Wanblee Gleshka (Águia Pintada).
Quando o homem branco chegou em seu território e as disputas iniciaram, Wanagi ficou triste porque percebeu que sua cultura se perderia... Então, ele pensou em como preservaria todo o costume aprendido com seu povo e pediu a Topa Tate (as quatro direções) que lhe guiasse os passos para honrar o conhecimento de seu povo.
Nessa época iniciou o período mais negro da história Norte-americana: o genocídio de inúmeras tribos e o massacre de muitos índios. O território apache foi invadido. Os índios Sioux foram assassinados. Seattle deixava de ser uma aldeia pacífica e cheia de alegrias. Muitos de sua raça pereceram, enquanto a guerra espalhou-se em solo americano. A principal função da colonização era a obtenção do controle da terra e de suas riquezas.
Wanagi viu a chacina de sua gente e chorou lágrimas de sangue. Ele foi capturado e obrigado a trabalhar em um circo com outras raças. Sua função era ser um atirador de facas, enquanto uma roda girava, com uma moça presa à ela. Os indígenas que restaram foram obrigados a se esconder em territórios áridos, inférteis e isolados.
Haviam mais de 25 milhões de índios norte-americanos e 2 mil idiomas diferentes. Mas, ao final das guerras indígenas, restaram apenas 10% do total (mais ou menos 2 milhões de índios). O genocídio dos nativos americanos foi claramente controlado e impulsionado pelo governo e seus aliados, que visavam apenas lucros e progresso financeiro com o fim da raça indígena.

"Gira Mundo" (Wanagi) ficou amortecido no circo por dois anos, sem perspectiva de luta ou vida. Mas, um dia reencontrou outros de sua raça e com eles empreenderam uma fuga. Eles deslocaram-se em direção ao Alaska, pois a região ainda estava preservada dos homens brancos, devido a distância e às intempéries do tempo.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

BAIANA MARIA ANTONIA


A BaiaMaria Antonia Sete Saias nasceu no norte da Bahia num vilarejo chamado Pilão Furado. Era de uma família muito pobre, até que um dia sua mãe, Baiana Dolores, vendeu sua filha para uma dona de cabaré, Dona Carlita, por alguns fardos de arroz, feijão, camarão seco e banha de porco, para alimentar seus outros filhos

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

PROVA DE PROTEÇÃO


PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO II
SEU DEL




Nosso vizinho da frente , o Seu Filadelfo era casado com a Dona Adélia e tinham 6 filhos, 3 meninos e 3 meninas.
Ele era barbeiro e saia todo dia cedo e  ía a pé até sua barbearia. Onde um de seus filhos ia levar o almoço para ele todo dia, mas quando era uma das meninas ele não deixava entrar na barbearia, pois dizia que dava azar mulher entrar em barbearia.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SER OU ESTAR UMBANDISTA....










SER
Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA.

ESTAR
Umbandista é fugir do assunto quando perguntado.

SER
Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e consequentemente receber sua parte nesta melhora.

ESTAR
Umbandista é simplesmente ir o terreiro para resolver a sua vida.

SER
Umbandista é não ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é não ter vergonha de servir.

ESTAR
Umbandista é fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capacidade esta acima deles.

SER
Umbandista é estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a verdadeira caridade.

ESTAR
Umbandista é se preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem famosa.

SER
Umbandista é não se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os que precisam sejam atendidos.

ESTAR
Umbandista é preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.

SER
Umbandista é agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.

ESTAR
Umbandista é barganhar com eles por favores mesquinhos.

ESTAR
Umbandista é gostar da Umbanda enquanto ela servir.


Enfim, 
SER Umbandista:  é amar a Umbanda e assumi-la como sua religião, falando de suas virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas.






quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O CONGÁ

            Baiano Severino
                       

A palavra Congá tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada àquela aquela que na língua latina significa altar, tendo tanto o alto e o acima, como o nutrir, o alimentar por significado. Definição bastante adequada à função desempenhada por todo o Congá, onde se estabelecem pontos energéticos, dos quais o principal é o Altar.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

DR CHING



A  dinastia Chin, foi uma dinastia que governou a China entre 221 a.C. e 206 a.C., e que normalmente figura como a primeira dinastia burocrática ou da história da China. O período abrangido pelo governo da dinastia Qin pode, igualmente, corresponder a uma subdivisão da história chinesa. a partir do século III a. C. e foi neste período que Dr Ching viveu.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

BAIANO SEVERINO


A NOSSA HOMENAGEM AOS MESTRES E A FALANGE DE LAMPIÃO.
LINHA DO CANGAÇO

BAIANO
SEVERINO

HISTÓRIA DO BAIANO SEVERINO E LAMPIÃO, O "REI DO CANGAÇO"

Antonio Severino, nasceu em 1897 na pequena fazenda dos seus pais em Vila Bela, atual município de Serra Talhada, no estado de Pernambuco. Era o terceiro filho de uma família de oito irmãos.
Desde criança demonstrou-se excelente vaqueiro. Cuidava do gado bovino, trabalhava com artesanato de couro e conduzia tropas de burros para comercializar na região da caatinga, lugar muito quente, com poucas chuvas e vegetação rala e espinhosa, no alto sertão de Pernambuco (chama-se Sertão as regiões interiores e distantes do litoral, onde reinava a lei dos mais fortes, os ricos proprietários de terras, que detinham o poder econômico, político e policial). Em 1915, acusou um empregado do vizinho de roubar bodes de sua propriedade. Começou, então, uma rivalidade entre as duas famílias. Quatro anos depois, ele e dois irmãos se tornaram bandidos. Matavam o gado do vizinho e assaltavam. Os irmãos fugiram da fazenda.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

OS ORIXAS E OS DIAS DA SEMANA

Os Orixás e os dias da semana

Domingo – As pessoas nascidas nesse dia regido por Oxalá são audaciosas, revolucionárias e incansáveis. Estão sempre querendo criar coisas novas ou melhorar o que já existe. Mas também herdam desse orixá o equilíbrio, a serenidade e o desejo de levar uma vida tranqüila.

 Segunda-feira – As pessoas nascidas nesse dia regido por Exu, o mensageiro, são alegres, boêmias e sensuais. Donas de um caráter nobre, costumam se mostrar amigáveis. Mas, caso sofram uma injustiça, não conseguem deixar de pensar em vingança.

 Terça-feira – As pessoas nascidas nesse dia regido por Ogum, o orixá da guerra e do progresso tecnológico, detestam a rotina e são irrequietas. Estão sempre lutando por mudanças no ambiente de trabalho, na política e na vida pessoal. Geralmente, conseguem grandes conquistas. Mas precisam combater a tendência de impor suas opiniões aos outros.

 Quarta-feira – As pessoas nascidas nesse dia regido por Iansã, a senhora dos raios, adoram curtir as mais loucas paixões. Vivem num clima de sedução e conquista, seguindo seus próprio desejos, sem medo das consequências. Ousadas, correm todos os riscos e enfrentam todos os perigos para realizar suas tarefas e alcançar os objetivos a que se propõem.

 Quinta-feira – As pessoas nascidas nesse dia regido por Oxóssi, a divindade das matas, são introvertidas e discretas. Sabem exprimir suas opiniões, mas jamais tentam impô-las. Simplesmente esperam que as outras pessoas reconheçam que elas tinham razão. Isso tudo lhes conferem muito charme e um ar de nobreza.

 Sexta-feira – As pessoas nascidas nesse dia regido por Oxaguiã, a manifestação jovem de Oxalá, são orgulhosas e não gostam de meio-termo. Para elas, é sempre tudo ou nada. Por isso, oscilam entre uma tristeza profunda e uma alegria sem limites, entre o ódio e o amor. Mas, à medida que amadurecem, ganham características do equilibrado Oxalá.

 Sábado – As pessoas nascidas nesse dia regi
do por Iemanjá, a rainha do mar e mãe de vários orixás, ficam furiosas quando sentem ciúme ou se julgam vítimas de uma ingratidão. O mais comum, porém, é estarem sempre em boa maré, protegendo os amigos e, se for o caso, os filhos. Seus sábios conselhos são frutos de grande capacidade de observação.

Saudações, cores e os dias da semana para cada Orixá




Oxalá – O orixá maior
Saudação: EPA BABÁ! (grande admiração pela honrosa presença)
Cores: Branco – Dia da semana: Domingo

Omolu/Obaluaiê – O orixá da medicina, deus da varíola
Saudação: Atotô! (ele está entre nós)
Cores: marrom, cor palha – Dia da semana: Segunda-feira

Exu – Mensageiro dos orixás
Saudação: Laroiyê Exu! (saudação amiga a Exu)
Cores: vermelho e preto – Dia da semana: Segunda-feira

Ogum – O orixá da guerra, é também ferreiro
Saudação: Ogunhê! Patakori Ogum! (salve o senhor da guerra)
Cores: azul, vermelho – Dia da semana: Terça-feira

Oxumarê – O orixá da riqueza representado pelo arco-íris e pela cobra
Saudação: Aro boboi! (aquele que vai da terra ao infinito)
Cores: amarelo e verde – Dia da semana: Terça-feira

Iansã – Senhora dos ventos e tempestades
Saudação: Eparrê Iansã! (salve a senhora dos ventos)
Cores: alaranjado e dourado – Dia da semana: Quarta-feira

Xangô – Senhor da justiça
Saudação: Kawô Kabiecile! (longa vida ao rei)
Cores: vermelho, marrom – Dia da semana: Quarta-feira

Oiá – orixá dos ventos e redemoinhos
Saudação: Eparrê Oiá! (saudação ao majestoso vento de Oiá)
Cores: rosa, coral – Dia da semana: Quarta-feira

Oxóssi – O orixá da caça e rei das matas
Saudação: Okê arô! (salve o grande caçador)
Cores: verde, azul – Dia da semana: Quinta-feira

Ossaim – O orixá das plantas
Saudação: Euê ô! (salve o senhor das folhas)
Cores: verde, branco com lista vermelha – Dia da semana: Quinta-feira

Oxaguiã/Oxalufã – O orixá maior
Saudação: EPA BABÁ ! (grande admiração pela honrosa presença)
Cores: Branco – Dia da semana: Sexta-feira

Oxum – Orixá do amor, da fertilidade e maternidade
Saudação: Ora iê iê mãe! (salve a senhora dos rios)
Cores: amarelo – Dia da semana: Sábado

Iemanjá – Deusa do mar
Saudação: Odô iá! (salve a mãe de todas as águas)
Cores: prata e branco – Dia da semana: Sábado

Nanã Buruku – a mais velha dos orixás, deusa da morte
Saudação: Saluba Nanã! (a mãe primitiva de todos os Orixás)
Cores: lilás, roxo – Dia da semana: Sábado


terça-feira, 14 de novembro de 2017

Eu Amo os Orixás, Eu Amo os Guias Espirituais, Guias que nos ensinam a respeitar a tudo e a todos desde a pequena formiga ao grande elefante, a folha miúda até a grande palmeira, MINHA FÉ ENSINA RESPEITO.
Minha Fé não precisa de Terno, somente uma Roupa simples branca como as nuvens mais puras do céu podem ser, Minha fé não exige sapatos finos, os pés descalços me lembram a pureza e simplicidade que só a terra pode me ofertar.
Minha Fé não precisa de Templos grandiosos, Nosso Templo é o maior do Mundo ele se chama “ NATUREZA”, a Minha fé também não precisa de Soldados, gladiadores ou guardiões, minha fé mora em mim e o maior guardião dela são os meus atos, Sim também temos os nossos GUARDIÕES ESPIRITUAIS e sabem guardar muito bem viu.
Minha fé não precisa de livros, pois o verdadeiro ensinamento brota de nosso coração, não precisamos de escrituras, são nossos sentimentos que perpetuam pela eternidade. Mas Respeito a todos que não são da minha fé também.
Respeito aquele que nunca conseguiu se arrepiar com um silvo do Caboclo ou do brado de um Boiadeiro, Respeito também aquele c que nunca teve a oportunidade de sentar na frente de um preto-velho e aprender um tiquinho de sabedoria, também respeito aquele que nunca teve um abraço sincero e amoroso de um Erê ou até mesmo aquele que nunca riu com um Baiano. Ah eu também respeito com aquele que nunca foi abençoado por um marinheiro ou a oportunidade de ser engrandecido por um Cigano, e respeito aqueles que nunca se cobriram com a Capa de Exu ou ganhou uma rosa de uma Pomba-gira.

Somos Seres Humanos, estamos no mesmo planeta no mesmo momento, façamos desta nossa breve jornada Respeitosa e melhor Possível.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO

 PROVAS DE FÉ E PROTEÇÃO - 01
 Fé é algo que se não se explica, você tem ou não. É algo que vem de dentro, não se denomina e nem se escolhe.
Suas atitudes a demonstram e não suas palavras, quando você é merecedor nunca fica desamparado.
Exemplo maior que este: Durante toda a nossa vida recebemos várias provas de fé e proteção que os orixás nos proporcionam, está é apenas uma ....
No início dos anos 70, meu avô e minha avó tinham “saído” do centro do Seu Orlando e tinham a sua casa como local onde trabalhavam atendendo as pessoas.
No inicio de fevereiro de 1973 meu avô saiu, pela manhã e trouxe duas panelas pra minha avó dizendo que ela iria precisar para fazer chá a noite, e foi trabalhar.
Neste dia ele passou mal no serviço e quando caiu, já caiu morto, teve um infarto fulminante COM APENAS 50 ANOS DE IDADE . Neste momento o Pai José incorporou no meu avô e o trouxe de volta para casa.
Quando chegou no portão de casa , colocou a bolsa dele no terceiro degrau da escada e subiu, deixando-o caído na entrada de casa para que o encontrássemos.

CÓDIGO ÉTICO DA UMBANDA

Código Ético Litúrgico da Umbanda
Federação Brasileira de Umbanda disponibiliza em seu site o Código Ético Litúrgico da Umbanda com as principais diretrizes que regem e disciplinam a prática da religião, como os ritos e as cerimônias, dentro dos princípios dos Fundamentos da Umbanda. Nele se encontram artigos relacionados à organização, ritos, liturgia, acessórios e instrumentos litúrgicos e calendários.
Para conhecer melhor a Umbanda, sua história, sincretismo religioso, seus orixás, guias e as principais diferenças entre as religiões afro descendentes, confira as outras páginas do site!
"Dê de graça, o que de graça recebestes: com amor, humildade, caridade e fé".


quinta-feira, 9 de novembro de 2017

BIOGRAFIA PAI JOSÉ DE ANGOLA

História de Pai José de Angola
Em uma prosa informal, Pai José contou sua história com simplicidade, bem típica dele. Aqui está à história deste Preto Velho tão querido, transcrita por mim da maneira mais fiel possível para que todos possam compreender...
Em Angola por volta de  1640 nasceu o Pai Jose de Angola,. Em sua cidade natal foi escravizado por volta dos seus 30 anos de idade e trazido ao Brasil nos chamados ‘Navios Negreiros’.
Nesta longa viajem viu muitos amigos e conhecidos morrerem por doenças ou fraquezas e serem lançados ao mar, mas sua fé nos Orixás era o que o fortalecia. Ao chegar ao Brasil, percebeu que a língua falada aqui era a mesma de sua cidade, o português.
Como era um negro muito sadio e forte, com dentes brancos e bons, foi vendido como escravo para ser um ‘reprodutor’, pois naquela época pensavam que os negros não tinham amor, não tinham sentimentos. E assim foi trabalhar na colheita de café e cana de açúcar em uma fazenda.
Na senzala encontrou uma linda escrava, Maria Conga, pela qual se apaixonou. Seu romance foi complicado, pois ela trabalhava na casa principal da fazenda, acompanhante da sinhazinha, filha do coronel da fazenda.
Entre o trabalho escravo nas colheitas e ser um escravo reprodutor, teve filhos incontáveis na senzala, alguns permaneceram ao passar dos anos na mesma fazenda, outros morreram ou foram vendidos.
Como sempre foi um escravo que não se conformava com a situação da escravidão porque não se conformava em viver como um animal tentou realizar várias revoluções, mas mudar a cabeça e o pensamento das pessoas sempre foi muito difícil, não tendo sucesso em seus movimentos, ficou marcado pelos capitães do mato e pelo coronel da fazenda onde era escravo.
Os escravos que estavam fracos ou doentes e que tentavam fugir eram lhes dado melancia e leite, o que supostamente faria mal aos escravos e morreriam, mas na verdade era somente uma desculpa para serem mortos pelos capitães do mato.
Mesmo quando alguns escravos conseguiram a Carta de Alforria, Pai José com aproximadamente 70 anos ainda tentou fazer mais uma revolução com filhos e outros negros da fazenda. Desta vez os escravos conseguiram fugir, indo à direção ao tão falado Quilombo de Palmares. Porém, já com a idade avançada não tinha o mesmo pique dos seus filhos que ainda o acompanhavam e os escravos que participaram desta fuga. Em muitos momentos o carregaram para que conseguisse acompanhar a fuga.
Enquanto isso os capitães do mato os perseguiam com cachorros e a cavalo para a captura dos escravos fugitivos, já que os Coronéis para manter sua fama e “estatus” não podiam deixar que qualquer escravo fugisse e/ou escapasse vivo destes feitos.
Pai José pediu aos seus companheiros para seguirem em frente e o deixarem para trás, pois só atrasaria os outros escravos, que seriam capturados e castigados. Esconde-se no meio de algumas pedras (buraco) através de uma fenda. Seu azar foi que tinha pouco tempo e ali também estava escondido um gato. Pai José contou que os escravos naquela época costumavam enganar o faro dos cachorros colocando cinzas em sua volta para enganar o cheiro, mas devido aos fatos, os cachorros acabaram seguindo o gato e seu verdadeiro faro, capturando o escravo na fenda em meio às pedras. Pai José descobriu mais tarde que um escravo capturado havia denunciado seu trajeto de fuga, provavelmente em troca de sua vida. (Pai José não demonstrou rancor ao relatar este fato e nem citou o nome do escravo)
Na fazenda os feitores como castigo, amarraram-no em uma pedra por sete dias e sete noites ao tempo. Seu castigo pela fuga e por acharem que ele era o principal incentivador da revolução e fuga foi muito severo, cortaram pedaços de seu corpo, como dois dedos das mãos e recebeu muitas chibatadas, ficou sem nada para comer ou beber. Os feitores tinham a intenção que o escravo contasse onde estavam escondidos os outros escravos fugitivos. Mesmo com a severa punição, o Preto Velho não desistiu de sua vida nem dedurou os outros escravos, principalmente pela fé em Oxalá, na natureza e pela ajuda de Maria Conga, sua companheira, que nas madrugadas levava para seu querido preto uma ‘canja aguada’ com restos de comida que conseguia na fazenda.
Como os feitores tinham certeza que o escravo era o revolucionário que havia comandado a fuga, com a ordem do ‘sinhozinho’ Pai José foi liberto, para morrer ou com a intenção de que os outros escravos fugitivos o encontrassem, acabando com a fuga e a revolução. Naquela época os feitores precisavam capturar todos os escravos fugitivos vivos ou mortos para mostrar a sociedade e continuar com sua força, fama, liderança e com suas fazendas. Após os escravos fugitivos serem capturados e muitas vezes mortos, seus corpos eram expostos à sociedade e em seguida jogados no manto.
 Pai José muito debilitado pelo massacre em seu corpo e pela franqueza, saiu por trás de uma casa muito antiga e em uma emboscada encontrou uma cumbuca cheia de bolachas (ele descreveu-as como as nossas atuais bolachas de natal), como a fome estava grande, não pensou e as comeu, e cada vez que comia mais uma bolacha queria comer mais, chegou a comer toda a cumbuca (as bolachas estavam envenenadas) e em seguida foi se sentindo muito mal, com dores fortes no peito até que sua respiração parou, findando assim a vida terrena do escravo Pai José de Angola.
No final de nossa prosa, Pai José falou sobre seu nome, disse que naquele tempo não havia nomes diferentes como os de hoje em dia e sim muitos Antônios, Josés e Marias; assim existiam vários escravos com o mesmo nome e o seu é Pai José de Angola.
Disse finalizando e com pressa de “ir embora” que se no passado não existissem os escravos, não teríamos hoje a nossa religião Umbanda.

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

BIOGRAFIA VÓ E VÔ

 O Templo de Umbanda Mãe Maria de Camargo foi aberto oficialmente em 08 de dezembro de 1976. Tendo como Diretora Espiritual Benedita do Prado Matta e Sebastião da Matta.

 

Minha avó e meu avô



Minha avó começou sua missão dentro da umbanda na década de 40. O inicio foi difícil pois a família não aceitava, mas a partir que meu avô e ela começaram ir juntos, nunca mais pararam, sempre trabalhando juntos para ajudar os filhos que precisavam. Pai José e Mãe Maria trabalharam sempre juntos até 1973 quando meu avô fez sua passagem.


Durante seu percurso, eles sofreram muitas injustiças de outros zeladores de centro nos quais trabalhavam, pois estes tinham ciúmes dos meus avós, pois as pessoas que iam ao centro queriam ser atendidos pela Mãe Maria ou pelo Pai José, em vez de querer passar com o guia chefe. Chegando mesmo há alguns zeladores chegarem a pedir que os dois se retirassem do centro.
Foi aí que eles decidiram abrir uma tenda para poder trabalharem. Mas após a perda do companheiro no dia 05/03/1973, com apenas 50 anos, minha avó ficou desiludida e havia decidido que não iria mais atender ninguém. Contudo, certo dia, chegou em casa uma mulher desesperada com uma criança recém-nascida muito doente  no colo, dizendo que um homem chamado Tico a havia trazido ali para que ela benzesse a criança.
 
meu avô aos cinco anos.

Tico era o apelido do meu avô quando era criança, e pela descrição que a mulher deu sabíamos que era o meu avô que a havia trazido pra casa. Minha avó atendeu o menino e este sarou, e enquanto o benzia, a Mãe Maria chamava o menino de Luisinho e a partir daquele dia todo mundo, até mesmo a mãe dele passou a chamar o Ronaldo de Luisinho.
A partir deste dia, ela nunca mais parou e dedicou toda sua vida a atender os doentes e necessitados por mais de 65 anos, até 14/09/2000, quando ela fez sua passagem.

Hoje em dia, Mãe Benedita ( minha avó) e Pai Sebastião ( meu avô) continuam sua missão de caridade iniciada lá na década de 40, novamente trabalhando juntos na graça de nosso pai para atender e ajudar todos que necessitam. Através da pessoa de Maria Aparecida da Matta Moreira , nossa Babá e minha mãe.


MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA




 Mãe Maria de Camargo nasceu no dia 29 de outubro , contudo o ano não sabemos com precisão , estima-se que seja entre 1590 e 1592. Ela veio como escrava para o Brasil ficando na região da Bahia trabalhando nas lavouras de cana de açúcar.

Como escrava vivia em condições de penúria recebendo do senhor apenas o mínimo para sobreviver e apenas dois sacos de estopa para usar como roupa.
Desde cedo Mãe Maria se afirmou como parteira entre os escravos, ajudando as mulheres a terem seus filhos naquela situação tão degradante , nas quais eram obrigados a viver, pois as mulheres que demoravam muito para ter seus filhos, tinham suas pernas amarradas para evitar que a criança nascesse e o feitor pulava na barriga da escrava matando o bebê e a mãe . Chegando a ajudar até mesmo uma cadelinha que estava tendo dificuldades para ter sua cria.
As escravas deviam voltar ao trabalho logo após terem os bebês, elas os levavam para o campo consigo, cavavam um buraco no chão para deixa-los dentro enquanto trabalhavam, e muitos dos bebês e mães não sobreviviam a estas condições. Com o tempo, passou a ser parteira das mulheres na casa grande também.
Mãe Maria viveu como muitos anos, quando estava fraca e com idade avançada, os feitores  amarraram seus braços e pernas num instrumento de castigo por vários dias, sem água e comida, mas como ela ainda sobrevivia, um dos feitores pisou em suas costas quebrando-lhe a coluna, e no dia seguinte dia 28/10 Mãe Maria faleceu, fazendo sua passagem um dia antes de completar os noventa anos de idade.




Ao desencarnar, ela se viu num lugar claro onde havia dois caminhos para serem escolhidos: um liso e outro pedregoso. Ela decidiu prosseguir pelo caminho pedregoso e quando chegou ao seu final algo maravilhoso lhe aconteceu, mas ela nunca teve autorização para contar o que que aconteceu.
Ela , após sua passagem levou apenas 6 meses para iniciar sua obra de cura e ajuda às pessoas que que precisavam.  A primeira vez que Mãe Maria veio trabalhar com a Dona Benedita, foi em 1952. Ela veio e disse que estava lá pra trabalhar com aquele cavalo e benzer uma criança que havia saído da casa santa.
Mãe maria benzeu e curou a criança, desde então ela continuou a trabalhar com o cavalo que tinha escolhido para seu trabalho de cura por mais de 60 anos e ela avisou que só iria trabalhar enquanto seu cavalo vivesse e assim se fez.
Hoje Mãe Maria ascendeu para bem perto de nosso pai e só volta à terra em ocasiões especiais.






PEDIDO DE ORAÇÕES

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