Minha avó e meu avô
Minha avó
começou sua missão dentro da umbanda na década de 40. O inicio foi difícil pois
a família não aceitava, mas a partir que meu avô e ela começaram ir juntos,
nunca mais pararam, sempre trabalhando juntos para ajudar os filhos que
precisavam. Pai José e Mãe Maria trabalharam sempre juntos até 1973 quando meu
avô fez sua passagem.
Durante seu
percurso, eles sofreram muitas injustiças de outros zeladores de centro nos
quais trabalhavam, pois estes tinham ciúmes dos meus avós, pois as pessoas que
iam ao centro queriam ser atendidos pela Mãe Maria ou pelo Pai José, em vez de
querer passar com o guia chefe. Chegando mesmo há alguns zeladores chegarem a
pedir que os dois se retirassem do centro.
Foi aí que
eles decidiram abrir uma tenda para poder trabalharem. Mas após a perda do
companheiro no dia 05/03/1973, com apenas 50 anos, minha avó ficou desiludida e
havia decidido que não iria mais atender ninguém. Contudo, certo dia, chegou em
casa uma mulher desesperada com uma criança recém-nascida muito doente no colo, dizendo que um homem chamado Tico a
havia trazido ali para que ela benzesse a criança.
Tico era o
apelido do meu avô quando era criança, e pela descrição que a mulher deu
sabíamos que era o meu avô que a havia trazido pra casa. Minha avó atendeu o
menino e este sarou, e enquanto o benzia, a Mãe Maria chamava o menino de
Luisinho e a partir daquele dia todo mundo, até mesmo a mãe dele passou a
chamar o Ronaldo de Luisinho.
A partir deste
dia, ela nunca mais parou e dedicou toda sua vida a atender os doentes e
necessitados por mais de 65 anos, até 14/09/2000, quando ela fez sua passagem.
Hoje em dia,
Mãe Benedita ( minha avó) e Pai Sebastião ( meu avô) continuam sua missão de
caridade iniciada lá na década de 40, novamente trabalhando juntos na graça de
nosso pai para atender e ajudar todos que necessitam. Através da pessoa de
Maria Aparecida da Matta Moreira , nossa Babá e minha mãe.
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