O DIA QUE MARCOU MINHA VIDA PARA SEMPRE
o amor é eterno. Hoje é se aniversário, mas a senhora não esta mais aqui ........SAUDADES......
Avós são conhecidas como
heroínas pelos seus vários super poderes. Saber aceitar e amar os netos em sua
plenitude é apenas um deles.
Talvez minha avó tenha feito um curso antes
de eu nascer, só isso explicaria seu dom de transformar a mais simples das
palavras numa demonstração de amor.
CHEIRO DE VÓ
Vó é aquela velhinha com um cheiro gostoso e o olhar radiante como o
brilho do sol. Ela pode nem saber fazer bolinho de chuva, o que é muito raro,
mas a presença dela nos traz a lembrança de uma deliciosa tarde chuvosa, regada
a doces e mimos. Muitos mimos! A vó é uma mãe que fez doutorado. E passou ‘com
louvor’!
É uma delícia essa
doce ingenuidade que parece se agarrar como um manto nestas avós. Elas vivem em
um mundo paralelo, onde tudo tem cheiro de talco.. A vó nunca dorme porque está
sempre preocupada com a gente.
Pensando bem, abraço
de vó combina com bolinhas de sabão. São leves e deixam a gente com uma
sensação de paz indescritível.
Avó não tem religião, tem fé. A vó é aquela
que, após levarmos uma bronca da mãe, nos fala baixinho: ‘não liga, ela é chata
mesmo’ e nos leva até o pote de balas, deixando a vida menos amarga.
Para as avós, nós
somos sempre ‘os meninos’, ainda que já tenhamos passado dos quarenta . Mesmo
sem a obrigação de educar, muitas vezes quando fazemos algo errado, pensamos:
‘o que minha avozinha pensaria disso?’. Sem saber, ela acaba virando nossa
maior referência. E quando crescemos e a coisa fica preta, sonhamos com o bolo
de laranja com café que, embora simples, ninguém faz melhor. Ou com o doce de
banana com cravo, que deixa na casa um cheiro aconchegante de sessão da tarde.
As coisas boas da
vida sempre têm cheiro e gosto de vó. Vó
é aquela que, após ter cuidado de todos, cansada, pronta para continuar a
jornada, em paz, lá no ouro plano, você olha no fundo dos olhos e pensa: ‘por
que eu não disse mais vezes o quanto te amo?!’. E, buscando conforto, olha
novamente para aquele rosto marcado pelos anos de sabedoria e pelas broncas que
não convencem, e deduz: ela sabe, ela sabe! Afinal elas sempre sabem.
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