Ao lidar com uma
perda, uns reprimem, seguem com a vida e fingem que está tudo bem. E não está.
Cedo ou tarde essas pessoas caem e, até descobrir o sentimento escondido bem lá
no fundinho do coração, lá se foi um tempo enorme “de vida”. É porque esse tempo
vai perdendo vida, cor e gosto, ficando meio acinzentado, esquisito.
Outros questionam
razões, querendo colocar lógica e/ou motivo. Para fugir do emocional tentam
usar o mental. Lidar com a situação de forma coerente. Desculpem-me, não vi
isso funcionar para sempre…
Alguns são
práticos, fazem o que tem que ser feito, e se não tiver algo a fazer… acham
alguma coisa. Só para não parar. Muita ação, fazer, ir, buscar, trazer sem fim.
Mas tem fim, uma hora não tem mais nada.
Outros
ainda se prendem no “e se…”, ou “como eu queria…”, “como eu gostaria de…”, “eu
ia…”. Paralisados em um momento anterior (longínquo ou não) que faria toda
diferença. E esse momento passou.
Todas essas
são formas de fugir de sentir, se emocionar e mostrar o coração doído. Negar
não é eliminar e mascarar não é lidar. O sentimento está lá.
Negar não é eliminar
e mascarar não é lidar. O sentimento está lá.
Embaixo de
camadas de cimento, ou racionalizações, fazeres e condicionais. Ele ainda está
lá.
Só nos cabe uma única alternativa, senti-lo.
Sentir a dor, aceitar esse sentimento de perda que faz parte da vida.
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