“O “Espírito Guardião” é
selecionado entre os antepassados, e está constantemente junto da pessoa. Sua
função é protegê-la de tudo que possa levá-la a infelicidade: acidentes,
perigos, doenças, más ações, preguiça, depravações, etc. Pressentimentos, sonhos
premonitórios, empecilhos, desencontros, as coisas não correrem bem ou
escapar-se de um desastre em razão de não se ter conseguido embarcar num
veículo por um motivo qualquer, ou ainda quando algum incidente impede a pessoa
de aproximar-se de algo nocivo, tudo isso é resultado da ação do Espírito
Guardião.”
FUNDADO EM 08/12/1976 Rua Gonçalo Monteiro, 41 - Vila João Ramalho - Santo André
CHEFE DA CASA
MÃE MARIA DE CAMARGO BIOGRAFIA
Mãe Maria de Camargo nasceu no dia 29 de outubro , contudo o ano não sabemos com precisão , estima-se que seja entre 1590 e 1592...
Páginas
MÃE MARIA DE CAMARGO
"O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo o teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão em ti." (Mestre Jesus Cristo).
sexta-feira, 27 de abril de 2018
quarta-feira, 25 de abril de 2018
AS 13 ALMAS BENDITAS - entendo o Cruzeiro das Almas
O que é o Cruzeiro das Almas?
Dentro da Umbanda é um dos pontos mais respeitados de todo nosso ritual. O Cruzeiro das Almas geralmente é encontrado dentro de
cemitérios,que na Umbanda chamamos de "Campo Santo" ou "Calunga
Pequena".
Para quem já foi a uma Calunga Pequena, é fácil de identificar o Cruzeiro das Almas, que se simboliza com uma grandiosa cruz de madeira, e normalmente fica bem ao centro do Campo Santo, e de fácil acesso e bem visualizado.
Ali naquele lugar, temos uma grande força espiritual, local onde se trabalha as 13 Almas Benditas, na qual tem a função de auxiliar a entrada das Entidades trabalhadoras da Calunga Pequena para o resgate de espíritos desencaminhados, perdidos e viciosos. Esse é um dos trabalhos mais belos da Umbanda, pois ao desencarnar, o espírito por muitas vezes se sente desorientado, perdido, sem saber os acontecimentos, o que fazer e onde seguir. E assim com essa força espiritual é feita essa maravilhosa ajuda a esses espíritos buscarem o caminho que cada um deve seguir, deixando para trás o apego a matéria, a vida encarnada e os bens materiais.
A Umbanda é irradiada de luz, e sua ação é de total respeito ao livre arbítrio de cada um, e definitivamente não se faz nenhum trabalho negativo.
O Cruzeiro das Almas é tão importante aos espíritos assim como o ar é fundamental ao encarnado, pois é ele o portal de passagem onde o espírito passa de um plano vibratório para outro, como por exemplo no momento do desencarne, nas passagens de
Muitas pessoas mal informadas, sem teor da religião umbandistas, mistificadores sem orientação, tem o mau costume de dizer que o Cruzeiro das Almas traz má sorte, além de ser um chamariz da morte, contudo nada tem a ver essas colocações, isso não passa de crendices dessas pessoas que veem coisas obscuras até no ar que respiram, é uma falta tremenda de informação, e chega até ser uma falta de respeito com o Cruzeiro, com as Almas e com o Orixá regente desse local, o nosso poderoso Omulú/Obaluaiê.
Temos que entender que a cruz na Umbanda e um símbolo de ascensão, da conexão entre a espiritualidade, a matéria física e planos vibratórios transcendentes.
O mesmo respeito que devemos ter pelo Cruzeiro das Almas devemos ter pelas Entidades que conduzem esse maravilhoso símbolo, pois como observamos a cruz é um símbolo por demais antigo, e os Pretos Velhos são os anciãos da Umbanda. São espíritos velhos, sábios, com tanta elevação que são capazes de transitar em diversos planos sutis da existência. Os terços que carregam consigo trazem a sabedoria de milênios.
Portanto, para finalizar, vamos ter em mente que o Cruzeiro das Almas é um ponto energético de luz e caridade, que auxilia a nortear os desencarnados, e aos encarnados mostra que não devemos nos apegar nas crendices, levando o nome santo do Cruzeiro das Almas em colocações errôneas. Devemos respeitar o Cruzeiro das Almas, pois certamente um dia passaremos por ele em busca de um portal de passagem entre o mundo material e o mundo espiritual.
Salve o Cruzeiro das Almas!
terça-feira, 24 de abril de 2018
Função difícil... O Desapego
A Umbanda é
uma maravilhosa religião que nos mostra tantos caminhos para melhorarmos como
pessoa e como espírito, e ela também coloca em nosso entendimento que devemos
tentar mudar sempre para podermos seguir por um caminho mais iluminado, naquilo
que Deus deseja nos passar através de seus Anjos, Anjos como os Orixás e as
Entidades de Luz.
Um desses
grandes ensinamentos da Umbanda é o desapego, e ela, a Umbanda, que nos mostra
que devemos refletir muito antes de levarmos ao extremo as falas como:
"Isso é meu. Eu faço. Eu sou. Eu tenho. Eu sei. Eu quero." Pois além
dessas frases nos colocarem como apegados as coisas normalmente inúteis para
nossa evolução espiritual, ainda nos torna extremamente prepotentes.
Sabemos que
nós seres humanos somos falhos, sabemos que temos muitos erros, vícios, atos e
ações que vão a desencontro com o que deveríamos estabelecer em nossas vidas
para podermos ter uma evolução verdadeira, porém deixamos nos levar por esses
erros sem muitas vezes nem tentarmos acertar, talvez por receio de perdermos
alguma coisa que acreditamos ser importante para nós, e ai que entra a palavra
"desapego".
Ao deixarmos
bens materiais, pessoais, ou qualquer tipo de apego em coisas supérfluas que
envolve nossa vida ser maior que a nossa caridade, ao nosso apego a uma verdadeira
causa do bem, sem as dores e agonias da melancolia de deixarmos certas coisas
para trás.
Não se sinta
culpado em sentir saudades, porém a saudade deve ser dos bons momentos com
nossos entes amados, e não ficarmos regrando sofrimentos eternizados pela
perda.
Para
finalizar gostaria de frisar que prosperidade tem muito mais a ver com desapego
do que com dinheiro, temos que entender que só precisamos daquilo que nos traz
a sobrevivência, quando nos apegamos a grandiosos valores econômicos, devemos
lembrar que isso pode nos tornar escravos dessa necessidade, e sempre
buscaremos mais e mais em um apego interminável, fazendo assim que soframos com
nossa própria ganância.
Sabemos que a
religião de Umbanda tem muito a nos oferecer, porém devemos ter olhos para ver
essa verdadeira riqueza, olhos que veem o os tesouros do espírito, e não só o
material
Tudo isso
pode parecer muito difícil, porém saber se utilizar bem do desapego é um
maravilhoso passo para a autorrealização e a aproximação com a espiritualidade.
segunda-feira, 23 de abril de 2018
23 DE ABRIL DIA DE SÃO JORGE
História e Lenda De *Ogum*
OGUM
É o Orixá Senhor das contendas, deus da guerra. Seu
nome, traduzido para o português, significa luta, briga, batalha. É a divindade
da metalurgia, do ferro, aço e outros metais fortes. Ogun é a força
incontrolável e dominadora, do movimento, do choque. Patriarca dos exércitos,
dono das armas. Ogum é o poder do sangue que corre nas veias. Orixá da
manutenção da vida.
Como Exu, Ogum está presente no calor, na ira, no
ódio, na cólera. Está presente nas batalhas, brigas, empurrões, na vontade de
exterminar. É um Orixá, uma força da Natureza que se faz presente nos momentos
de impacto e nos momentos fortes.
O encantamento de Ogun, aquilo que gera sua
presença, se faz, como disse antes, nos momentos de impacto, tais como o choque
entre dois objetos de metal; uma colisão no ar, no mar e na terra; no estrondo
de algo pesado caindo ao chão. Seu encanto está na explosão, no derramamento do
ferro fundido.
No dia a dia vamos encontrar esta força denominada
Ogun nos estaleiros, nas oficinas de lanternagem, nos ferreiros, nos quartéis,
no disparo de uma arma, no ato de se afiar uma lâmina, no trabalho com um
serrote, no choque do martelo fincando um prego na parede, no despertar de um
relógio, num grito de raiva na dor aguda.
A faca que penetra na carne, a bala que fura a
carne, faz o encantamento da força da Natureza, Ogun. É o orixá do impacto, da
detonação. O sangue que corre em nosso corpo é um fenômeno regido por Ogun. A
vida mantida acesa num ser, é regida por Ogun, Orixá da defesa e da guerra, ele
pode até evitar uma briga, mas gosta de lutar e é imbatível.
Ogun também é a viagem, a estada longe, os veículos.
Ogun é a jornada, a empreitada, a luta do dia a dia.. É a estrada de ferro, o
impacto do trem nos trilhos. Ele é o próprio trem... ele é o próprio trilho.
Considerando como um Orixá impiedoso e cruel, ele
pode até passar essa imagem, mas sabe ser dócil e amável. No candomblé é o
grande general, marechal e todas as lutas, o grande guardião, pai rígido e
severo, mas apaixonado e compreensível.
Ogun é franqueza, a decisão, a convicção, a certeza,
o fato consumado, as vias de fato. Ogun é o empilhamento de metais, a bateria
que gera a energia, a pilha; é a própria energia, vibrante, incontrolável,
devastador, Ogun é a vida em sua plenitude.
Ogun também está presente nas construções, nas
edificações, no cimento que vai unir tijolos e construir casas. Ogun é a
muralha, o obstáculo difícil de ser vencido. É o amianto, o aço, o ferro, a
bauxita, o manganês, o carvão mineral, a prata, o ouro maciço, o diamante em
estado bruto.Ele é também a lapidação, o aparelho cirúrgico, o aparelho
dentário, o próprio dente. É o ato de cortar, morder, devorar, sem piedade e
com a negritude da fome. Ogun também é o zinco, o cobre, o alumínio, o parafuso,
o prego, a mola, a viga, a estrutura, o concreto, a dureza, a firmeza.
Mitologia
Ogun é filho de Iemanjá e irmão mais velho de Exu e
Oxossi. Por este ultimo nutre um enorme sentimento, um amor de irmão verdadeiro
e poderoso, capaz de matar e aniquilar quem puser em risco a tranqüilidade de
seu mano Oxossi. Há quem diga, até, que Ogun zela mais pelos filhos de Oxossi
que pelos seus próprios, tal é o sentimento que ele tem pelo irmão.
Ogum era um caçador, tranqüilo, calmo, pacato. Bom
filho, bom irmão, atencioso e trabalhador. Era ele quem provia sua casa e
família, pois Exu gostava de viajar pelo mundo. Oxossi, ao contrario, era mais
descansado e contemplativo. Como irmão mais velho, então Ogun cuidava da caça,
dos concertos, etc. Mas, dentro de seu coração, existia um enorme desejo em
"ganha o mundo", como seu irmão Exu.
Num belo dia, ao voltar de uma exaustiva caçada,
Ogun viu sua casa e família ameaçada por guerreiros de terras distantes. Ao ver
a casa em chamas e seus entes queridos clamando por socorro, Ogun tomou-se de
ira e, sozinho, cheio de ódio, arrasou com os agressores, não deixando um só de
pé.
Daí por diante Ogun iniciou Oxossi na arte das caça;
mostrou-lhe os caminhos e trilhas da floresta e lhe disse:
- Sempre que estiveres em perigo pense no seu irmão.
Onde eu estiver voltarei para defendê-lo.
Aproximou-se de Iemanjá e se despediu:
- Mãe, preciso ir. Preciso vencer e conquistar. Está
no meu sangue, essa é a minha vontade.
Desta forma, Ogun partiu e tornou-se o maior
guerreiro do mundo. Mesmo sem exercito, vencia todos os exércitos, conquistando
tudo aquilo que queria. Ogun se tornou a vitória, a força da conquista.
Esse Orixá, de temperamento explosivo e coração
quente, é a força da Natureza talvez mas temida e respeita. Ogun é o gás, a
explosão, a guerra, o choque de dois carros, o ferro retorcido, a luta entre os
homens e os animais. Ogun é a valentia, a bravura, a coragem, a estocada, a
largada, a chegada vitoriosa.
Ogun também é o ciúme, o desabafo, a disputa. Senhor
dos metais e incapaz de ser derrotado.
O elemento de Ogun é a terra, e dependendo das
qualidades , ou sejam sua fundamentação, carrega também os elementos água e ar.
Quando você sentir seu pulso, seu coração batendo,
tenha certeza, Ogun está presente. Quando sentir que seu sangue corre nas
veias, pense com convicção. Ogun está presente. Enquanto sentir que existe vida
dentro de si, saiba, Ogun a está mantendo e abençoado.
Tudo Sobre Ogum – O Orixá Ferreiro e Grande Guerreiro
Ogum é símbolo de luta e conquistas, um Orixá muito
respeitado e cultuado aqui no Brasil. Tem um dos mais fortes sincretismos, representado por São Jorge,
também destemido guerreiro e que
nunca abandonou sua causa.
Ele é a figura do comandante supremo, e quem necessitar de proteção em momentos de perigo
chame por Ogum, pois esse Orixá ferve seu sangue no momento de
batalha e lutará a sua frente com todas suas forças.s
Ogum é temido guerreiro que sempre lutou
sem parar contra todos que o desafiassem ou procurassem por sua fúria. É também
irmão amoroso, filho de Iemanjá, irmão mais velho
de Exú e Oxóssi, pelo qual
sempre teve grande estima, ele que fez suas armas com suas próprias mãos.
Ogum passou para todos os seres humanos o
conhecimento sobre batalhas e o trabalho com o metal, trazendo a evolução
para toda a humanidade.
História
de Ogum
A lenda sobre como esse guerreiro virou
Orixá conta que um dia, ele foi requisitado para uma batalha que não havia data
certa para finalizar. Sendo assim, ele solicitou para seu filho que era o dono
do trono de Irê dedicar um dia no ano em seu nome enquanto ele estivesse em
batalha, toda população deveria jejuar e fazer silêncio. Dessa forma ele partiu
e permaneceu durante sete anos em batalha.
Ao retornar sedento e faminto, bateu em
diversas casas pedindo bebida e comida, mas ninguém o atendia, o silêncio na
cidade era absoluto. Enfurecido pela falta de consideração da população, Ogum
não se controlou e dizimou toda a aldeia a fio de espada. O Orixá só parou
quando seu filho apareceu e com a ajuda de Exú, controlou a fúria do pai sem
entender o que o motivou a tamanha atrocidade. Ogum então se explicou, disse
que as pessoas deveriam ter-lhe recebido com festa e presentes, mas ao
contrário quando pediu uma bebida pois estava morto de sede, eles o
ignoravam.
Seu filho então o lembrou do pedido que
ele fez antes de sair da vila, de um dia de homenagem em silêncio, e aquele era
o dia. Tomado por vergonha e remorso, Ogum abriu o chão com sua espada e se
enterrou de pé.
A Paixão de Ogum por
Oxum
Uma vez, Ogum se cansou de produzir armas
de metal e decidiu fugir do vilarejo, se escondendo no meio da floresta. Todos
os Orixás fizeram de tudo para chamá-lo de volta, mas nenhum conseguiu. Oxum, ao saber do acontecido, resolveu
tentar o feito, os Orixás desacreditaram dela, mas Oxum disse que tinha seus
truques.
Chegando no meio da floresta e avistando
o guerreiro ao longe, Oxum começou a dançar e cantar espalhando seus encantos
pela mata. Assim que Ogum a viu, se apaixonou perdidamente, e começou a
segui-la. Fingindo não vê-lo, enquanto ele a seguia, Oxum o levou até a vila. O
Orixá não teve outra escolha ao não ser voltar a trabalhar como ferreiro.
Iansã e Obá deixam Ogum
por Xangô
Iansã e Obá foram esposas de Ogum, mas
ambas se apaixonaram pelos encantos de Xangô e o abandonaram. Para conhecer
suas histórias clique em: História de Iansã e História de Obá.
Qualidades de Ogum
Ogun Akoró
|
Usa coroa e roupa
de mariwó, ele toma conta da casa de Oxalá, ligado a Oxossi e também não come
mel.
|
Ogun Mejé
|
Ligado a Exú, toma
conta das 7 entradas do Irê
|
Ogun Wáris
|
Ligado a Oxum,
muito requintado, é ferreiro de metais dourados.
|
Ogun Oniré
|
Senhor do Irê,
filho de Oniré
|
Ogun Amené
|
Ligado a Oxum,
possui uma conta verde clara
|
Ogunjá
|
Somente na África
essa qualidade recebe cães como oferenda, está ligado a Yemanjá
|
Ogun Alagbedé
|
Ligado a Yemanjá,
é o Ogun dos ferreiros.
|
|
|
Dia de Ogum
O dia de comemoração a Ogum é em 23 de
Abril, data em que São Jorge foi degolado ao defender os cristãos em Roma.O dia
específico para esse Orixá é a Terça-feira.
Cores
de Ogum
Suas cores características são os azuis
escuros e o verde. Em algumas qualidades ele também aparece com o uso do
vermelho.
Características das Filhas e Filhos de Ogum
De físico magro, mas definido, os filhos
e filhas de Ogum são aquelas pessoas que não dispensam uma “farra” e pagam para
entrar em uma briga, nem precisa iniciar por causa deles, se enxergarem uma
confusão nem sabem porquê mas estarão lá no meio. De temperamento forte e
impaciente, eles não perdem tempo procurando explicações, já partem para o
ataque.
No relacionamento são pessoas muito
complicadas de se apegarem a alguém, costumam trocar sempre de parceiros. Eles
não acreditam em probabilidades, batalham até mesmo se souberem que é
impossível alcançar o sonho, e geralmente eles conseguem o milagre de
realizá-lo. Os filhos de Ogum são pessoas de desejos simples, preferem dormir
sobre o piso ou em uma rede do que em uma cama confortável, e vivem com o
pé no chão.
A principal característica dos filhos e
filhas de Ogum é o esforço para conseguir alcançar o desejado, são pessoas
batalhadoras e com um espírito incansável. Precisam tomar muito cuidado para
não se tornarem desagradáveis, pois possuem o dom de serem líderes e de atingir
a vitória, então é bom não deixar a prepotência e a falta de humildade subir a
cabeça.
Não conseguem acumular riquezas, tudo que
ganham logo gastam com algo que os satisfaça momentaneamente. São pessoas muito
comunicativas e alegres, daqueles que dividem sua felicidade, risadas e
histórias com todos.
Sincretismo de Ogum
Um dos sincretismos mais fortes, Ogum é
conhecido como o São Jorge (não é mais considerado Santo pela Igreja Católica,
mas os devotos são inúmeros, principalmente aqui no Brasil). Ambos são
tradicionalmente guerreiros, que lutam de espada na mão contra a opressão.
A História de São Jorge
Jorge era de família cristã e lutava no
exército de Roma desde jovem, após a morte de seu pai, ele mudou com a sua mãe
para a Palestina. Aos 23 anos foi promovido a capitão do exército, ágil e muito
habilidoso com a espada, despertou inveja em diversas pessoas. Ao se mudar para
a corte em Roma para exercer altos cargos, tornou-se de seu conhecimento que o
imperador Diocleciano estava organizando uma extermínio aos cristãos. Ao
ver o mandato, Jorge apresentou-se e disse que os ídolos que eles cultivavam
eram na verdade falsos deuses e que Jesus era o único caminho e salvação. O
imperador não pensou duas vezes e mandou torturá-lo, ele acreditava que
perante a dor, Jorge abandonaria o seu Deus. Mas isso não aconteceu, ele
insistiu em sua fé.
Outra lenda de São Jorge é sobre o seu
simbolismo em matar um dragão. Um reino na Europa estava correndo perigo devido
a um dragão que aparecia sempre para tentar quebrar o muro da cidade e destruía
tudo a sua volta. Para conter a sua fúria, ele queria o sacrifício de uma jovem
moça virgem. Certo dia, a filha do Rei foi a sorteada para servir de
oferenda ao monstro. Enquanto esperava a beira do lago sem esperança de
ser salva, apareceu um jovem cavalheiro de espada na mão que transformou o
dragão em um cordeiro e o entregou a menina dizendo para ela voltar para casa e
dizer a todos para que nunca perdessem a fé nos milagres de Deus, pedindo
para que todos se convertessem.
Na Bahia Ogum também ficou conhecido como
Santo Antônio.
Saudação a Ogum
A saudação a Ogum é: Ògún ieé!
Que possui o significado: Salve a Ogum, cabeça coroada. Também pode ser
mencionada como Ogunhê.
Apesar da imagem de guerreiro temido,
Ogum na verdade é a vida em sua plenitude. Poderoso protetor, temido lutador,
sua força e garra inspiram muitos filhos e seguidores.
sexta-feira, 20 de abril de 2018
ABIKU - GRAVIDEZ E NASCIMENTOS
Sucessivos
abortos numa mesma mulher, partos seguidos da morte da criança recém nascida,
morte de crianças ou jovens, repentinas e associadas a estágios significativos
de vida, tais como mudanças nas fases de crescimento, aniversários, casamento
ou nascimento do primeiro filho, são identificados como acontecimentos ligados
aos Àbíkú.
O que é “Àbíkú”?
A
tradução literal é “nascido para morrer” (a bi ku) ou “o parimos e ele morreu”
(a bi o ku), designando crianças ou jovens que morrem antes de seus pais. Apresentando nisso uma alteração da ordem
natural que socialmente é aceita e entendida como: aqueles que chegaram ao Aiyé
(mundo físico) primeiro, voltam primeiro ao Orún (mundo espiritual).
No
Orún vive um grupo de crianças chamadas Emere ou Elegbe e este grupo constitui
o Egbe Orún Àbíkú, ou seja, sociedade das crianças que nascem para morrer.
Contam os mitos que alguns voltariam quando vissem pela primeira vez o rosto da
mãe, outros quando casassem, um terceiro grupo voltaria quando completassem
determinado tempo de vida, um quarto grupo voltaria quando tivessem o primeiro filho,
e assim por diante. E o carinho dos pais, o amor que recebessem ou os presentes
não seriam capazes de retê-los no Aiyé. Alguns assumiram o compromisso de que
nem nasceriam. Esse pacto deveria ser cumprido e os seus companheiros no Orún
manterem-se presentes na sua vida, interagindo no seu dia a dia, para que não o
esquecessem e retornassem ao Orún tão logo o momento pactuado ocorresse.
Deixando
de lado condições acidentais, temos observado que a ocorrência de Àbíkú numa
mãe invariavelmente repete uma história familiar que podemos reconhecer
procurando os seus antecedentes. Ou seja, podemos procurar nos antecedentes
familiares da mãe para constatar, invariavelmente, que este Àbíkú vem se
fazendo presente na família, geração após geração, em linha direta ou não.
Os
Abikús tem influência na família, são poderosos manipuladores, videntes,
espíritos envelhecidos, atitudes de adulto, etc.
As
energias de um Abikú rondam uma
gravidez, por isso é muito importante rezar e pedir ao nosso pai que este dê um
bom espírito para a criança que irá nascer.
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