Tudo Sobre Logunedé
O Orixá da pesca e da
caça
O dia de Logunedé é a quinta-feira e a sua data de comemoração é 19 de abril, dia de Santo Expedito.
Logunedé, Orixá masculino,
da pesca e da caça, considerado um dos mais belos e não poderia ser por menos,
ele é filho de Oxóssie Oxum. Ele herdou o jeito meigo e a graça de
Oxum e a felicidade e o espírito caçador de Oxóssi, portanto Logun edé apresenta
em suas características expressões femininas e masculinas, o que o faz aparecer
em algumas representações da Umbanda e
Candomblé como uma figura jovem.
Ele divide
sua vida em dois períodos no ano, durante 6 meses ele acompanha o seu pai nas
matas, o que o garantiu grande habilidade com a caça, sendo muito ágil e
carregando também o axé da prosperidade, nos outros 6 meses ele convive com sua
mãe nos rios, onde desenvolveu técnicas de grande pescador e absorveu as características
belas e delicadas de Oxum. Seu temperamento devido ao axé dos seus pais é
bem contraditório, pois em um momento ele se apresenta terno, amável e
benevolente e em outro instante ele prefere a solidão e assume uma posição
séria que lembra Oxóssi.
Logunedé é um
exímio caçador, seja em terra ou águas ele sabe usar a paciência e sabedoria
para alcançar o que deseja e a sua beleza encanta e arranca suspiros e prende
olhares.
História de Logunedé
A história
dos Orixás se cruzam em sua maioria com a vida de Logunedé, pois ele
foi filho de vários pais e de várias mães.
O nascimento de Logunedé
Mesmo se
amando, Oxóssi e Oxum não viveram juntos, pois seus costumes, gostos e
interesses eram muito diferentes, ao saber que sua amada estava grávida, Oxóssi
disse à ela: “Oxum, pelo amor que tenho por ti, gostaria de ficar com o menino
e criá-lo da melhor forma possível, o ensinarei a ser um grande caçador e
guerreiro e ele aprenderá sobre todos os segredos das matas.” Impossibilitada
de se separar do filho que tanto amava, Oxum respondeu: “O menino ficará 6
meses com o pai e 6 meses com a mãe, comerá de caça e de peixe. Ele será Oxum e
Oxóssi, sem deixar de ser ele mesmo Logunedé: o príncipe da floresta e exímio
caçador”.
Recebeu de
presente de sua mãe um espelho, o abebé, no qual ele se admira e de seu pai
ganhou ofá, arco e flecha para aprender os dons da caça. Esses objetos o mantém
sempre próximo aos seus pais, já que a silenciosa floresta nunca pode seguir o
esperançoso e vivaz fluxo de um rio.
Separado da mãe
Logunedé
era uma criança muito ativa e por isso Oxum vivia a adverti-lo para não ir onde
as águas eram profundas e turbulentas (pois Obá habitava essas águas e em seu ódio
por Oxum com certeza faria algo a criança). Mas, por ser muito curioso um dia,
na distração de sua mãe, a desobedeceu, Obá notando a presença do garoto em
suas águas, despertou a fúria do rio para afogá-lo. Desesperada, e sem saber o
que fazer pois a criança estava fora de seus domínios, Oxum suplicou a Olorum o
seu auxílio, que salvou a criança mas a entregou para Iansã cuidar, pois não
achava seguro ele ficar em uma área de confronto entre Oxum e Obá.
Nesta
época, Iansã era esposa de Ogum e os dois criaram Logunedé como
seu filho. Sem saber do que havia acontecido com a criança, Oxum o considerou
morto. Enquanto ele crescia, suas visitas a Oxóssi continuavam, mas devido a
frieza do Orixá, ele nunca o falou sobre a sua mãe e, quanto mais perto da
adolescência Logunedé chegava, mas a imagem de Oxum se perdia em sua memória.
Um belo dia
a se lembrar de um rio vagamente, Logunedé decide procurá-lo, chegando próximo
as suas águas ele avistou uma linda mulher, tão bela que ele não conseguia
parar de olhá-la e a sua visão aquecia o seu peito de uma forma inexplicável,
decidiu então, ficar escondido atrás de uma moita a espiando. Oxum logo sentiu
que estava sendo observada e repentinamente saltou sobre a moita, para a sua
surpresa, ao ver o jovem rapaz ela logo reconheceu que era o seu filho perdido.
A emoção foi tamanha que ela não conseguiu conter, assim o falou tudo que havia
acontecido e os dois passaram o dia brincando e conversando a beira do rio. O
problema era que nessa época Oxum já havia se casado com Xangô, e ele não admitia que nenhum homem
chegasse perto de suas iabás, por isso Logunedé nunca mais pode morar com sua
mãe, pois deveria manter distância do castelo de Xangô e então passou a
encontrá-la escondido nas águas do rio.
Mais tarde
Logunedé também perdeu sua mãe de criação Iansã, que abandonou Ogum para se
entregar a sua paixão por Xangô.
Qualidades de Logunedé
Logunedé é
metá, não possui qualidades, ele é único e transforma-se no que quiser, pois
ele concentra em si 3 energias diferentes :a dele mesmo, de Oxum e Oxóssi.
Dia de Logunedé
Cores de Logunedé
Suas cores
são o amarelo ouro e o azul turquesa.
Características das Filhas e Filhos de Logunedé
Os Orixás
de cabeça determinam suas principais características e, os filhos de
Logunedé possuem uma essência peculiar, eles são pessoas muito indecisas, nunca
sabem o que realmente querem e até mesmo suas emoções e formas de agir são um
pouco indefinidas.
Isso se
deve ao fato de que as características de Oxum e Oxóssi estão presentes nestas
pessoas, mas de maneira superficial, ou seja, filhos de Logunedé são sensuais,
carismáticos, elegantes, belos como Oxum e objetivos e seguros como Oxóssi, mas
tudo isso é de forma menos incisiva como o dos próprios filhos desses
Orixás. Essa mistura os tornam pessoas soberbas e arrogantes, eles possuem
olhar de felino, aquele que prende pela beleza mas ao mesmo tempo intimida,
gostam de mandar e não são nem um pouco modestos. Por serem naturalmente belos,
eles sustentam tudo com a confiança em sua aparência. Mas, se eles se tornarem
pessoas conscientes de seus defeitos e de seus pontos fortes se tornarão
extremamente agradáveis e nascidas para o sucesso.
Sincretismo de Logunedé
Logunedé
possui sincretismo com o Santo Expedido, sua associação se deve ao
fato de que não se sabe direito sobre como foi a morte de Expedito, e se ele realmente
morreu na época que estimam. Pelo fato do mistério em suas histórias, ambos
foram sincretizados.
Oração ao Orixá Logunedé
“Menino
deus, Logunedé, senhor das brincadeiras e das alegrias constantes
Menino
deus das bênçãos da vida e da terra cintilante
Menino
deus do abebé e do ifá que sua atenção caia sobre mim
Menino
deus do ouro das pedras de arco-íris
Menino
deus do arco e da flecha que aponta o destino
Menino deus
da prosperidade
Menino rei
da bondade
Menino deus
guarda os meus passos
Menino deus
me acolha em seus braços
Menino
deus, senhor do mundo, senhor da esperança, guie os meus
passos, sob seu manto amarelo e verde. Saravá Logunedé!”
Saudação a Logunedé
Sua
saudação é: Logun ô akofá! ou Loci Loci Logun
Significado: Brada,
Principe Guerreiro.
SANTO EXPEDITO
Os Orixás
da Umbanda e do Candomblé são influenciadores de nossas
características básicas e também nos guiam e protegem em nosso caminho. Por
isso se você procura por sucesso em seus sonhos, Logunedé pode ser um dos
Orixás a te ajudar a encontrar o caminho da prosperidade.
Santo Expedito
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Santo Expedito
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"O Santo da Última Hora", Mártir
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Morte
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palmeira, capacete no chão, corvo esmagado e a
palavra hodie (hoje em latim) escrita na cruz.
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causas justas e urgentes
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Santo
Expedito foi possivelmente um cristão martirizado no
século IV em Melitene, na Armênia.
Nada se sabe sobre sua vida nem onde foi sepultado, e muitos pesquisadores
questionam se ele de fato existiu. Contudo, formou-se um folclore ao
seu redor e ele é objeto de grande devoção popular em muitos países como
o santo das
causas urgentes, às vezes em sincretismo com
figuras de outros credos.
Nome
O
nome Expeditus (Expedito) pode ser uma corruptela de Elpidius,
conforme sugerem os beneditinos de Paris. Outra hipótese
é de que o nome tenha derivado de spedito, palavra inscrita numa
caixa com relíquias de um santo desconhecido retiradas das catacumbas de Roma e enviada a
Paris no século XVII. Contudo, spedito em italiano
significa "enviado" ou "rápido", e pode significar
simplesmente que a caixa havia sido marcada como despachada ou que devia ser
enviada com presteza ao seu destino. As freiras interpretaram a inscrição como
se fosse o nome do santo e passaram a divulgar sua devoção, latinizando o nome
para Expeditus.
Lendas
A lenda
mais corrente sobre sua vida o mostra como um militar romano,
Comandante-em-chefe da 12ª Legião, conhecida como
"Fulminata", aquartelada em Melitene, e encarregada de proteger o
Império das invasões dos bárbaros orientais
com um efetivo de mais de 6.800 soldados. Sendo cristão, como era a maioria de
seus subordinados, todos nativos da Armênia, teria sido condenado durante as
perseguições de Diocleciano no dia 19 de abril do ano 303,
sendo martirizado e por fim decapitado com a espada por recusar-se a adorar os
deuses pagãos.
Outra lenda diz respeito à sua
conversão ao cristianismo.
Tentado por um demônio em forma de corvo que gritava cras! cras! (em latim,
"amanhã"), que surgiu para adiar sua conversão, teria pisado a
criatura dizendo hodie! ("hoje"), significando sua
disposição heroica de converter-se de imediato.
Sua posição
oficial na Igreja Católica é incerta. No Martyrologium Hieronymianum ele
aparecia ao lado de outros mártires comemorados entre os dias 18 e 19 de abril.
A Igreja reconhece a devoção popular e existem igrejas e capelas a ele
dedicadas em muitas partes do mundo, mas não foi incluído na edição de 2001
do Martyrologium Romanum.
Sua
representação mais comum é a de um soldado romano, com traje de legionário,
vestido de armadura, túnica curta e manto jogado atrás das espáduas, com
postura marcial. Em uma mão sustenta a palma do martírio e na outra uma cruz que ostenta a
palavra hodie, em referência ao episódio do espírito do mal, o
corvo que lança seu grito habitual cras! e que é representado
debaixo de seu pé.
Nas religiões afro-brasileiras, Santo Expedito
é conhecido como Logunedé, o orixá da caça, pesca, dificuldades
financeiras e profissionais.
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